Pecuária

Mastite: vacas leiteiras precisam atenção especial nas chuvas

A época das chuvas começa e com ela também aumentam o calor e a umidade relativa do ar. Esse cenário, típico de regiões tropicais, é bastante preocupante para os proprietários de fazendas leiteiras: o gado sofre com os lamaçais e o estresse pelo calor, provocando problemas de cascos e casos de mastite (inflamação da glândula mamária), principalmente a mastite ambiental.

Além de diminuir sua imunidade pelo estresse, o calor faz com que o animal procure regiões mais frescas, se deitando em poças de água e lamaçais. Nestes locais se concentram os patógenos da mastite ambiental. Ao contraí-la, a vaca pode apresentar quadros clínicos super agudos, podendo levá-la à morte, explica Marcos Veiga, professor do Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.

A mastite é considerada a principal doença que afeta os rebanhos leiteiros no mundo e a que proporciona as maiores perdas econômicas desse negócio. Alguns estudos apontam prejuízo de cerca de US$ 184 por vaca ao ano por causa da mastite. No Brasil, o problema não é diferente: são 2,8 bilhões de litros de leite a menos por ano, o que equivale a uma redução de 15% a 25% na produção.

Para proteger o rebanho contra as perdas provocadas pela mastite, recomenda-se um programa de controle que consiste em tratamento precoce dos casos detectados, adequada manutenção do sistema de ordenha, correto manejo com ênfase na desinfecção dos tetos após a retirada do leite, descarte de vacas com mastite crônica, boa higiene e conforto na área de permanência dos animais.

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