A área destinada para o algodão 2019/2020 em Mato Grosso deve ser mantida, podendo registrar um incremento de até 2%. A previsão é da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA) diante a comercialização antecipada de 50% da produção de pluma de algodão estimada para o próximo ciclo no estado. A semeadura de algodão no estado estará liberada a partir do dia 1 de dezembro para a região 1 e a partir de 15 de dezembro para a região 2.
Levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revela que 50% da produção de pluma estimada para a safra 2019/2020 foi já comercializada antecipadamente.
“A primeira estimativa de safra indica que possa haver um pequeno aumento em até 2% da área plantada. Consideramos isso uma manutenção da área. O produtor já está praticamente com 50% do algodão vendido, o que o compromete com o plantio”, pontua o presidente da AMPA, Alexandre Pedro Schenkel.
Vazio sanitário
O vazio sanitário do algodão em Mato Grosso teve início na chamada região 1 no último dia 1º de outubro e no próximo dia 15 entra em vigor na região 2. Durante 60 dias fica proibida a existência de plantas vivas de algodão com risco fitossanitário no estado. A medida consta na Instrução Normativa 001/2016 do Indea-MT e visa prevenir a proliferação de pragas e doenças, em especial o bicudo-do-algodoeiro, e, consequentemente, o menor uso de defensivos agrícolas na próxima safra.
Na região 1 o vazio sanitário vigora de 1º de outubro a 30 de novembro e compreende o Núcleo Sul (Rondonópolis e região), Núcleo Centro (Campo Verde e região) e o Núcleo Centro Leste (Primavera do Leste e região). Já a região 2 conta com o período proibitivo da existência de plantas de algodão entre 15 de outubro e 14 de dezembro no Núcleo Norte (Sorriso-Lucas do Rio Verde e região) e Núcleo Noroeste (Sapezal e região).
Conforme a Instrução Normativa, o plantio de algodão em Mato Grosso pode ser feito até o dia 28 de fevereiro de cada ano. A não realização das exigências sanitárias pode acarretar aplicação de multa ao produtor rural por parte da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), através do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT).