Quadro de oferta mais ajustado em função da quebra de safra brasileira e vendas externas firmes com boa demanda pelo produto brasileiro. Estes são alguns dos motivos vistos pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) com o cenário de exportações e importações do cereal. Além disso, segundo a entidade, a cotação alta do câmbio está proporcionando boa competitividade ao produto brasileiro.
De março a setembro deste ano já foram exportadas 760 mil toneladas de arroz (base casca) enquanto a importação foi de 636 mil toneladas, gerando um superávit de 124 mil toneladas de arroz até o mês passado. “Este quadro é que nos dá otimismo que fecharemos este ano com um quadro muito ajustado de importação e exportação e, também, com baixos estoques de passagem para o próximo ano safra”, avalia o presidente da Federarroz, Alexandre Velho.
Outros pontos que motivam este otimismo é a consolidação do Brasil como um dos grandes atores do mercado mundial do arroz. Além disto, a expectativa é que até dezembro deverá ser embarcado pelo Porto de Rio Grande o segundo carregamento de 30 mil toneladas de arroz beneficiado, com destino ao Iraque, mercado que vem demandando o arroz brasileiro. “Estamos em busca de novos mercados para trazer mais sustentação às cotações, com possíveis negócios para o México, Panamá e Guatemala. Temos otimismo com os números vistos até o momento”, destaca Velho.
Segundo a análise da Federarroz, a exportação, além de ampliar a demanda e abrir e manter novos mercados, escoa os excedentes, neutraliza as importações e faz com que o produtor não fique refém da demanda interna, dando maior sustentação às cotações.
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