Respondendo por cerca de metade do Produto Interno Bruto do Estado, o casamento indústria/campo no RS passou a interessar ao mundo, declaram. Cerca de 80 empresas ligadas ao setor primário celebraram parcerias tecnológicas ou de capitais com companhias internacionais na última década.
De acordo com os especialistas a diversificação e ampliação das atividades agroindustriais com melhorias no produto oferecido aos mercados deve à alta produtividade, fruto de um crescente e contínuo métodos de cultivo e industrialização e a existência de uma agricultura familiar de pequeno porte vasta, que produz de forma ecologicamente correta conforme as preferências dos mercados mais exigentes do mundo.
Segundo dados da Secretária de Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul a força econômica do campo gerou desenvolvimento em muitas áreas. Hoje, o Estado concentra o principal pólo produtor de máquinas e implementos agrícolas do Brasil, que responde por cerca de 60% da produção nacional – 70% da produção nacional de colheitadeiras e mais de 50% de tratores. A região Noroeste do Estado concentra quase 300 empresas do setor, que geram mais de 15 mil postos de trabalho.
De acordo com Paulo Kowalski, Gerente Divisional de Vendas da região Sul da John Deere, no primeiro semestre de 2004 o mercado gaúcho de tratores registrou crescimento de 9%, enquanto no restante do Brasil o índice foi de queda de 2%. Cujo consumo total do país , em média, de 14.000 máquinas, sendo 2.125 para o estado, representando 16% da venda interna nacional.
Em colheitadeiras o estado também vai muito bem, com aumento de 18% do consumo. “Neste produto o país também apresenta avanços, com incremento de 31%”, declara Kowalski, estimando a continuidade de crescimento para o segundo semestre no Rio Grande do Sul. Ele ainda afirma que o estado participa em 20% do consumo de colheitadeiras no país, com a compra de 667 produtos ao ano, do total de 3.240 vendidos em todo Brasil.
Para ele uma das razões do Rio Grande do Sul apresentar excelente desenvolvimento neste segmento é o fato de ter tecnologia aplicada e ótimos preços. Além disso ele ressalta que, “o ótimo momento da soja e do arroz no estado impulsionam a renovação do parque de máquinas das propriedades”, lembrando ainda que o programa Moderfrota, será fundamental nessa renovação, tanto para o produtor agrícola quanto a agroindústrias.
Empresa inova com novo conceito de plantio
Na esteira do crescimento do mercado, as empresas gaúchas investem em novos equipamentos, novas tecnologias e também novos conceitos para o desenvolvimento da lavoura, disponibilizando aos clientes soluções com produtos de alta qualidade e satisfação nos resultados. É o caso, por exemplo, da Semeato que, apostando nesse sucesso, lançou três novos equipamentos: a PS 9/10, semeadora de grãos graúdos que permite trabalhar com 9 linhas de 45cm ou 10 linhas de 40cm, com depósito de adubo em rotomoldado. A FERTI LAND distribuidora de fertilizantes equipada com taxa variável, capacidade de 9 toneladas de adubo, com opção de uso de sulcadores, rodadado autocompensador. A máquina pode ser usada para semeadura de grãos graúdos e também distribuição de culturas para cobertura como milheto.
O principal lançamento, porém, foi a FLEX LAND, que apresenta um novo conceito de plantio, com tecnologia agregada, precisão do distribuidor, sistema vaccum system, tecnologia de monitoramento de distribuição de semente e fertilizante. O equipamento foi desenvolvido para trabalhar 23 linhas com espaçamento de 45cm para soja. Como distribuidora de fertilizante atinge uma área total de 10 metros, o equipamento foi projetado para trabalhar em áreas dobradas devido ao sistema de flexibilidade dos 3 módulos. Outro diferencial desse equipamento é o sistema de transporte para deslocamento de uma propriedade a outra, onde a área total de 10 metros de trabalho é possível transportar a mesma em rodovias com apenas 5 metros.