Agricultura

Banana – guerra à sigatoka negra

Antes circunscrita a região norte do país e Mato Grosso, o mal chegou ao estado trazido pelo vento e no trânsito de material vegetativo.

Para controlá-lo, a Secretaria apresentou um plano de ação a curto prazo, que inclui uma portaria com medidas de prevenção no trânsito, manipulação, embalagem, levantamento fitossanitário da cultura nas áreas de foco para determinação e demarcação da área de abrangência e monitoramento da sua evolução. Serão realizados dias 06 e 07 de julho treinamentos com agrônomos e dia 8 de julho encontro técnico com bananicultores de todo o estado de São Paulo na sede do Pólo Regional de Pariquera-Açu, na região do Vale do Ribeira.

Além destas ações, a Secretaria também produzirá e distribuirá material de divulgação com instruções técnicas sobre a doença. Serão intensificadas as fiscalizações nas áreas de trânsito do Vale, nas duas principais rodovias (BR116 e BR101), realizadas pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA); criação de uma linha de crédito dentro do FEAP _ Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, órgão da Secretaria. “Esta linha será apresentada em breve para facilitar aos pequenos produtores a implantação de áreas de plantio com cultivares mais resistentes à doença”, afirma o Secretário de Agricultura e Abastecimento, Duarte Nogueira. Na próxima quarta-feira, dia 30 de junho, também haverá um encontro entre representantes da Secretaria e bananicultores no município de Miracatu.

Nas áreas de foco limítrofes do Vale do Ribeira, já estão sendo feitas as pulverizações, interdição da propriedade, poda fitossanitária e tratamento pós-colheita com produtos recomendados. Desde 1999, a Secretaria realiza ações preventivas e de informação aos técnicos e produtores. Naquele ano, foram treinados 94 engenheiros agrônomos da Secretaria, em 2001 outros 107, reuniões de treinamento e demonstração de campos experimentais com variedades resistentes à sigatoka negra com cerca de 4 mil plantas e a capacitação de pesquisadores do Instituto Biológico (IB) para identificação da doença e credenciamento do laboratório do IB em 2003. “Para controlar a doença, nossas armas são o treinamento, informação e o controle do trânsito de material vegetativo”, afirma o Secretário.

A bananicultura paulista ocupa quase 60 mil hectares e a sua produção é estimada em cerca de R$ 420 milhões, sendo o Vale do Ribeira responsável por 83% desde valor e sendo que a banana representa 80% de toda produção agrícola da região.

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