Tais mudanças resultaram no aumento expressivo de sua linha de produtos e, principalmente, um crescimento de 130% no ramo.
Há 18 anos situada na cidade de Osasco, Grande São Paulo, com sede administrativa e fabril ocupando uma área total de 12 mil metros quadrados, hoje conta com capacidade de produzir 100 toneladas de café ao mês, saem mais de 25 mil kg por dia e a entrega leva de 24 à 48 horas. A fábrica abriga três galpões de armazenagem – dois para grãos ainda crus recebidos de diversas fazendas espalhadas pelo país entre essas as Fazendas Reunidas Minas Export, e o outro par o produto já pronto par distribuição -, unidade de torrefação, onde acontece as etapas de torrefação, trituração, embalagem e enfardamento, e um espaço par armazenagem da lenha par as fornalhas. Anterior à industrialização, os grãos são levados à cidade de Piumhi, em Minas, onde são analisados e selecionados no laboratório de análise da Minas Export Ainda há um alojamento destinado aos funcionários vindos de distâncias mais longas e os escritórios do setor comercial, diretoria e de outras funções administrativas como o call center recebendo pedidos, reclamações, dúvidas e entre outros.
A linha de produtos Café Moka é composta hoje por 11 produtos ( no passado eram 5 produtos) e têm o selo de pureza da ABIC (Associação Brasileira das Indústrias de Café). A linha de café torrado e moído é composta por 80% de café arábica e 20% de café robusta, são eles: Café Moka Tradicional, Extra Forte, o café tipo exportação Moka Ouro, Café Solúvel Tradicional, Café Solúvel Ouro e o Cappuccino. Também fazem parte desta lista o Café Ouro Prensado a Vácuo Puro lançado a pouco tempo, segundo Rogério Ferreira, vice-presidente da Café Moka, “o tipo de embalagem a vácuo beneficia a qualidade do sabor e aroma do produto mantidos por 12 meses e por ser um processo mais caro do que o tradicional o custo desta produção é repassado par as prateleiras onde encontra-se este produto”. Além de café criaram um achocolatado com o nome de Achocolatado Moka, já disponível no mercado, bolacha do tipo wafer nos sabores morango e chocolate a Wafer Moka. Ainda na linha de café em breve lançarão o Cappuccino Light. A central de compras de Minas Gerais Smart firmou um contrato com a empresa em março deste ano no intuito de conquistar o mercado de São Paulo. A Café Moka é responsável pela criação da marca, a industrialização e logística. Também fecharam contrato com a rede RA, de restaurantes e aeroportos, atendendo Congonhas e Guarulhos, SP, e Pampulha e Confins, MG, e dentro dos aviões.
Aproximadamente em seis meses mais um item será lançado na linha de café. O Café Moka Gourmet é de altíssima qualidade comparado aos demais da linha, processado com grãos de denominação de origem controlada. Os outros produtos recebem matéria-prima de diversas propriedades, analisados e selecionados em outra localidade. Neste novo produto os profissionais responsáveis da Café Moka acompanharão desde o plantio, em suas próprias fazendas, acompanhando todos os processos da escolha dos grãos, produção e distribuição. Será comercializado em embalagens de 1Kg – os outros produtos da linha variam os pacotes entre 250g e 500g.
Hoje a empresa corresponde de 10% à 12% da participação no mercado com faturamento mensal de aproximadamente R$ 3,5 milhões atendendo as localidades do litoral paulista, capital e região distribuídos das padarias às grandes redes no varejo, além de exportarem pela Minas Export – aos EUA, Europa e Ásia.
Mesmo uma empresa que está no mercado desde a primeira década do século passado, com o nome consolidado e clientela conquistada precisa de uma reestruturação para manter esse status e, preferencialmente, atraindo novos fregueses e consequentemente crescer no mercado. Par isso Rogério Júlio Soares Ferreira assumiu a vice-presidência da Café Moka investindo principalmente na imagem da empresa ” a embalagem foi recriada pois, estava ultrapassada. Mantivemos a tradição da sua estrutura e mudamos as cores com a intenção de que os nossos produtos sobressaíssem nas prateleiras” R$ 1,5 milhão de reais foram investidos em equipamentos, tornando eletrônicas todas as etapas da produção praticamente triplicando a capacidade de produção que antes era de 30 toneladas por mês.
A empresa gera 230 empregos no total (entre diretos e indiretos). O aumento da produtividade culminou na necessidade em criar novos turnos. Pedro Cassini Jr, Gestor de Desenvolvimento Operacional da Café Moka, foi o idealizador e responsável pelas mudanças no setor de recursos humanos, criando núcleos de trabalho dentro da empresa, tais como o núcleo administrativo, o núcleo comercial e treinando constantemente aos degustadores. Investiram R$1,5 milhão em equipamentos modernizando o sistema de informática e aprimorando o maquinário do parque fabril, duplicando o silo de armazenagem e efetuando a aquisição do setor óptico.
Segundo Rogério Ferreira há ainda muito espaço para continuarem expandindo, “existe a intenção de construir uma filial no interior de São Paulo com previsão para o final do ano, conquistando o mercado no interior e da região sul do Brasil”, afirma o vice-presidente. Para 2005 a previsão é de participação no mercado de até 25%, mais que o dobro do percentual hoje. Ele também aguarda sua nomeação ao Conselho da ABIC. Conselho este que vai ser responsável pela categorização dos diversos tipos de qualidade do café.
Preservando a história de uma indústria do início do século XX Pedro Cassini tem planos em construir um acervo do Café Moka, no intuito de resgatar a memória.