Sem trata do Lalsil cana, produto que age limitando a produção de álcool no processo de fermentação natural dos volumosos de cana de açúcar, proporcionando uma diminuição nas perdas, com consequente melhora nos resultados da propriedade. Jorge Moreto diretor comercial da Lallemand para América Latina, diz que a empresa vem buscando desenvolver marcas próprias que criem uma identificação com o mercado brasileiro. O consumidor é quem dita regras dentro de um mercado onde as leis que regem é a oferta e demanda. Por esse motivo é necessário que as empresas trabalhem melhor para atende-lo em suas necessidades.
O Lalsil cana é a primeira solução microbiológica autorizada para silagem de cana de açúcar no país. A partir da sua utilização não é mais necessário a colheita diária de matéria seca, podendo o pecuarista armazenar os volumosos por um período de tempo superior a 80 horas, após a abertura do silo. Segundo Luiz Gustavo Nussio professor da Esalq de Piracicaba (SP), a cana de açúcar utilizada como silagem no processo de alimentação animal oferece um alto valor nutritivo. Em contra partida a produção de etanol oriunda da sua fermentação pode diminuir a digestibilidade do produto para o gado.
Nussio explica que a cana de açúcar na sua composição morfológica apresenta 76% de matéria seca e uma digestibilidade de 60% em média. Estudos recentes realizados pela Esalq/ USP, mostram um tratamento realizado com algumas espécies de cana de açúcar, utilizando um grupo de bactérias homoláteas, mostrando que essas bactérias não conseguem diminuir a concentração de etanol ( álcool), no processo de fermentação, inclusive apresentando nos primeiros 17 dias, já índices bastantes altos. Já o grupo das bactérias heterolateas, mostra uma retração no processo de produção de etanol causado pela fermentação do alimento no rumem do animal. Isso segundo o professor da Esalq/USP, mantém a concentração de nutrientes no alimento, torna-o mais saboroso, além de aumentar a digestibilidade do volumoso em até 60%.