As exportações dos Cafés do Brasil nos oito primeiros meses deste ano de 2019 atingiram um volume físico equivalente a 26,99 milhões de sacas de 60kg, as quais foram vendidas ao exterior pelo preço médio de US$ 124,78 e geraram uma receita cambial de US$ 3,36 bilhões. Com essa performance, o total exportado no período é o maior volume registrado nos últimos cinco anos, com um crescimento de 30,8% nas exportações e respectivo aumento na receita cambial de 7,3%, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Do volume físico total exportado, o equivalente a 5,04 milhões de sacas de 60kg, que correspondem a 18,7% desse volume, são considerados cafés diferenciados, cujas sacas foram comercializadas ao valor médio de US$ 156,24 e arrecadaram US$ 788,97 milhões de receita cambial, montante que corresponde a 23,4% do valor total da receita cambial. O volume físico de cafés diferenciados é composto por ‘arábicas diferenciados’, cujo total exportado foi de 4,90 milhões de sacas, e ‘robustas diferenciados’, que exportaram 145,39 mil sacas. Cafés diferenciados são os que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis.
No caso específico dos cafés ‘arábicas diferenciados’, a participação do volume no total das exportações foi de 18,2% e a arrecadação US$ 773,15 milhões, ao preço médio de US$ 157,64 a saca. Quanto aos ‘robustas diferenciados’, o percentual de participação nas exportações foi de apenas 0,5%, com arrecadação de US$ 15,82 milhões e preço médio de US$ 108,84. Interessante ressaltar que os ‘arábicas diferenciados’ – vendidos a US$ 157,64 – tiveram uma ágio de 33,6%, se comparados com os ‘arábicas naturais’ (US$ 117,96); e os ‘robustas diferenciados’, os quais foram exportados por US$ 108,84, em relação aos ‘robustas médios’ (US$83,14), tiveram um ágio de 30,9%.