Comemora-se na próxima segunda-feira, dia 9 de setembro, o Dia do Médico Veterinário, um profissional de grande importância para a segurança alimentar e para a economia agropecuária do Brasil. Dos mais de 2,7 mil auditores fiscais federais agropecuários (Affas), cerca de 1,5 mil são veterinários. Dentro da carreira, são eles os responsáveis, entre outras atividades, pela fiscalização e auditoria de todos os processos relacionados à fabricação de produtos de origem animal: desde a produção de insumos para pecuária até o produto final, destinado ao consumo.
Uma das atuações do veterinário como Affa acontece nas unidades do Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). “É esse o profissional responsável por todo o procedimento de importação e exportação tanto de animais vivos quanto de produtos de origem animal”, conta a veterinária e Affa Rogéria Oliveira Conceição. “Graças à nossa formação, temos todo o conhecimento sobre as doenças animais e zoonoses, além de toda a cadeia produtiva de produtos de origem animal”, continua.
Em portos, aeroportos e postos de fronteira, os veterinários analisam a entrada e saída de animais destinados à criação e produtos de origem animal voltados para consumo, como queijos, presuntos e derivados de ovo. Tal atuação previne a entrada de doenças e pragas que podem prejudicar tanto a saúde dos animais como a da população. Ao garantir a qualidade dos produtos finais, os affas diminuem a incidência de doenças que atingem também os humanos, como a brucelose e a tuberculose. Essa atuação contribui até para diminuir o gasto com saúde pública no país.
Nos campos, o trabalho dos veterinários é voltado para a prevenção, controle e erradicação de possíveis doenças e anomalias por meio de monitoramento de rebanhos que são criados para o abate, inspeção de material de multiplicação animal (como sêmen, embriões e ovos férteis) e registro de raças e genealogia. Os veterinários atuam ainda na fiscalização direta de estabelecimentos que lidam com produtos de origem animal, nos laboratórios que analisam casos de possíveis doença animais e zoonoses e como adidos agrícolas fora do país, abrindo novos mercados para os produtos nacionais.
“Acredito que nosso trabalho é fundamental justamente porque garantimos a qualidade dos produtos e, com isso, asseguramos o marcado internacional para o Brasil”, conta Rogéria. “Porém, mais importante ainda é o controle efetivo que fazemos nas fronteiras, evitando o ingresso de doenças que, se entrarem no país, podem contaminar nossos rebanhos e prejudicar toda a pecuária”, finaliza.