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Agricultura Familiar bate recorde de vendas na Expointer

A 21ª Feira da Agricultura Familiar na Expointer terminou neste domingo, dia 1 de setembro  com aumento de 13,51% nas vendas em relação ao ano passado. Durante nove dias, os 316 expositores que estavam no pavilhão venderam R$ 4,5 milhões, de acordo com a estimativa divulgada no início da tarde pelos organizadores do evento. A feira é o maior evento de comercialização apoiado pela Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Entre os estabelecimentos que comprovam esse sucesso está o Bio+Açaí, cooperativa de produtores de açaí do Amapá que participou pela primeira vez de uma feira e conseguiu vender cerca de 5 mil quilos de polpa do produto. O total é cinco vezes maior do que os produtores esperavam comercializar. Além disso, eles fecharam parcerias locais e internacionais que vão permiti-los ter um representante no Rio Grande do Sul e exportar o produto para a Alemanha.

“Desde o dia em que nós chegamos, antes de começar a feira, conseguimos vender todos os produtos que trouxemos. Se a gente viesse com o objetivo só de vender, a gente teria voltado no primeiro sábado mesmo. Um dia antes de a feira começar, quando ainda estávamos arrumando a banca, conseguimos vender tudo e tivemos que pedir para nos enviarem mais polpa direto do Amapá”, conta com alegria Edilson da Rocha Lima, 49 anos, representante da cooperativa na feira.

Para Matheus Rocha, da coordenação-geral de Acesso a Mercados do ministério, esse desempenho revela que o trabalho da pasta para ampliar o acesso dos pequenos produtores a novos mercados tem dado certo. “Podemos considerar a feira como um sucesso de vendas, de público e de participação. Foi a maior edição em vendas e em número de expositores, que ofereceram produtos de qualidade direto do campo”, afirma.

Quem esteve na feira pela primeira vez também comemorou os resultados. É o caso da agroindústria Panficados Caseiros Ledi Maggioni, que trouxe de Venâncio Aires (RS) cucas, bolachas de manteiga e bolachas de melado com mel. “Para o primeiro ano, foi boa a experiência, até porque nós não somos conhecidos na região. Agora esperamos mais clientes para o próximo ano, porque só de ver nossos produtos muitos já elogiavam”, diz Sabrina Maggioni, 26 anos, filha de Ledi Maggioni, que dá nome ao negócio.

Em todos os dias, os corredores ficaram lotados com a presença de pessoas do estado, do Brasil e do exterior interessadas em conhecer e adquirir produtos da agricultura familiar. Eduardo Fontela, diretor do Instituto Nacional de Ativismo e Economia Social da Argentina, disse ter ficado surpreso com a dimensão do evento: “É um encontro valioso do comércio brasileiro, me surpreendeu. É uma porta de entrada para a agricultura familiar. Creio que é uma maneira de dar visibilidade ao trabalho desse setor e vinculá-lo ao consumidor de uma maneira distinta. Parabéns por essa feira!”

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