O setor de distribuição de insumos agropecuários registrou, em 2018, um faturamento de R$ 46,8 bilhões. Esse valor representa um crescimento de 6,3% ante o resultado de 2017, quando o segmento alcançou R$ 44 bilhões. Os dados são da Pesquisa Nacional da Distribuição, uma realização da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV).
A área de distribuição respondeu, no ano passado, por 42,5% do faturamento de R$ 110 bilhões em vendas de insumos. Desse percentual, os associados da ANDAV foram responsáveis por 38,6% contra 3,90% de empresas que não são associadas à entidade.
Segundo a Pesquisa Nacional da Distribuição, que abrangeu 21 estados brasileiros e 1436 empresas, a área que mais contribui para o faturamento obtido em 2018 foi a de insumos para grãos e cereais, com 54%. As hortícolas representaram 4%, com a pecuária e o café, com 3% cada um.
O estudo da ANDAV traz ainda uma visão geral do mercado de distribuição no Brasil, no qual 48% das 7,5 milhões de propriedades rurais são atendidas pelo mercado de distribuição. “Isso reforça o poder da capilaridade da distribuição no Brasil, atendendo todos os tipos de propriedades distribuídas nas mais diversas regiões do país”, afirmou Fernando Abraão, diretor do Conselho Diretor da ANDAV.
De acordo com a pesquisa, as maiores dificuldades dos distribuidores estão relacionadas à concorrência (50%), crédito (37%), margem e preço (27%) e gestão (23%). Entre os agentes causadores dos desafios relacionados à concorrência e da margem e preço estão a política de acesso, falta de disciplina comercial e gestão de boas práticas.
Para este ano, a maior parte dos distribuidores espera um mercado com médio crescimento (34%), baixo aumento (32%) e estável (27%). Porém, há boas perspectivas para a abertura de novas filiais: nada menos que 41,2% das distribuidoras pesquisadas manifestaram planos de abrir novas filiais. Atualmente, 58% dos distribuidores possuem filias. Na geração de empregos, para 2020, são esperadas 4.375 novas vagas.
No que tange o perfil dos profissionais que atuam nesse segmento, 86% possuem níveis de graduação e/ou pós-graduação, o que indica que é um segmento altamente especializado. As mulheres representam 27% do total de profissionais atuantes na área, sendo que a maior participação está no Nordeste, com 32%, destacando que a presença feminina aumento não apenas na área administrativa, mas também no campo.