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Citrícola Lucato investe em rastreabilidade para garantir segurança alimentar

Acompanhar a produção de 30 mil toneladas de frutas cítricas de diversas variedades por ano não é uma tarefa fácil, ainda mais quando a distribuição é feita em todos os cantos do Brasil. Mas, para garantir a qualidade total das frutas, a Citrícola Lucato desenvolveu uma estratégia que contempla todo o processo, do pomar até chegar a mesa do consumidor. Plantio, colheita, transporte, beneficiamento, armazenagem e distribuição são monitorados, passo a passo, com o uso do Suporte de Dados GS1-128, que garante à companhia coletar todos os dados da cadeia.

“Ao implantarmos os padrões GS1 nos nossos sistemas de automação, eliminamos vários problemas em processos, principalmente na questão logística de entrega aos clientes; gerou uma economia muito grande para a Lucato”, explica Carlos Alberto Lucato, diretor da empresa. “Já para o consumidor, a confiabilidade do nosso produto ficou maior; um aplicativo informa de que fazenda veio aquela laranja, informações de plantio e o caminho que ela percorreu até a prateleira do supermercado.”

Ao escolher o código de barras GS1-128 para a logística de sua produção, a Lucato controla todas as chaves de identificação GS1, além das informações variáveis, como números de série, datas de validade, ou medidas e o número de lote de produção. A empresa reúne dados relativos à colheita da fruta como produtos utilizados para controle de pragas e doenças, informações do produtor e área da produção), ao transporte (lote, descrição do lote, datas, condições) e aos processos internos realizados no acondicionamento (análise de casca, etiquetas, embalagens, brix, ratio, produtos utilizados na pós-colheita para aumentar o tempo de prateleira). As informações são arquivadas, monitoradas e analisadas por métodos estatísticos que garantem o padrão de qualidade das frutas comercializadas pela Lucato.

Para que as frutas sejam entregues sem rupturas aos clientes – a empresa atende a atacadistas e varejistas em 70% do mercado consumidor de frutas cítricas do Brasil – o cuidado começa na produção, que segue normas de segurança alimentar internacionais. A seleção dos produtos é feita eletronicamente, garantindo uniformidade de tamanho, cor, sabor e a mais alta qualidade do suco. A embalagem também ocorre de forma automática, sem contato manual e contendo todas as informações de rastreabilidade. Depois, o armazenamento é feito em câmaras frias com controle informatizado.

A Citrícola Lucato utiliza o software de rastreador da Paripassu para identificar a origem da fruta. Para ter acesso a esses dados, basta o consumidor acessar o site da empresa e digitar o código de rastreamento encontrado na etiqueta das embalagens. Ali, encontrará o nome do produtor, fazenda onde o fruto foi cultivado, número do lote, localização da quadra, defensivos utilizados, número da ordem de beneficiamento, total produzido e quantidade de refugo, e para quais varejistas foram distribuídos os produtos. Outra solução utilizada em parceria com a Paripassu é o CLICQ, que controla as atividades associadas à inspeção da qualidade de produtos e processos, na produção, distribuição e ponto de venda.

Para desenvolver o projeto, a Citrícola Lucato utiliza o Global Traceability Conformance (GTC) – Aplicação do Diagnóstico de Rastreabilidade com base nos padrões globais GS1, que, no País, estão sob responsabilidade da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil. O foco principal é que os processos de rastreabilidade sejam rápidos, eficientes e que reduza ou elimine os erros humanos dentro de um processo, uma vez que o GTC apura um checklist que contém 105 pontos de controles.

Com o programa, a Citrícola Lucato conseguiu analisar 28 pontos de controle obrigatórios, 30 obrigatórios condicionais, 10 opcionais e 37 recomendados do checklist aos processos anteriormente descritos para o produto definido – laranja – na planta de produção e no local de separação, armazenamento e origem da distribuição. Ao adotar a rastreabilidade aliada às melhores práticas agrícolas, a companhia pretende chegar a 2022 com 40 mil toneladas de produção própria com a implantação de novos pomares, totalizando 700 hectares. Com isso, a empresa espera colocar novas variedades de cítricos no mercado.

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