O comportamento dos preços dos alimentos mais uma vez foi fundamental para segurar a inflação em junho, segundo análise do Núcleo Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sobre o resultado do Índice de Preços ao consumidor Amplo (IPCA).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA do mês passado foi de 0,01% em relação a maio. O grupo Alimentação e Bebidas teve deflação de -0,25%, gerando impacto de -0,06% na inflação oficial.
Levando em conta os alimentos em domicílio, a contribuição foi ainda maior para conter a alta do IPCA em junho. Este subgrupo teve recuo de 0,39%, com destaque para as quedas do feijão carioca e rajado (14,8%), preto (8,2%) e mulatinho (6,1%), devido ao incremento de área plantada e boa produtividade.
O preço das frutas caiu, em média, 6,14%, sendo as maiores quedas observadas na tangerina (19,35%), maracujá (15,02%), morango (9,29%), banana prata (4,41%) e banana maçã (4,31%) pela ampliação de oferta e condições climáticas favoráveis.
O preço do pescado caiu 2,19%, puxado pelo aumento de oferta e baixa do preço pago ao produtor. A batata inglesa e os ovos tiveram retrações de 1,34% e 1,14%, respectivamente.
As maiores altas foram observadas nos seguintes itens: tomate: (5,25%), alho (5,24%), frango em pedaços (2,72%), frango inteiro (1,67%), leite longa vida (0,72%) e carnes (0,47%, sendo a carne suína com maior alta, de 4,56%).