O acordo entre o Mercosul e a União Europeia assinados hoje deve aumentar o PIB brasileiro em US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção. A estimativa é do Ministério da Economia.
Os investimentos no Brasil, em 15 anos, devem crescer da ordem de US$ 113 bilhões. As exportações brasileiras terão ganho de quase US$ 100 bilhões até 2035.
Em 2018, o Brasil registrou comércio de US$ 76 bilhões com a UE e superávit de US$ 7 bilhões. As exportações agrícolas brasileiras para a União Europeia chegaram a US$ 13,6 bilhões, no ano passado. O farelo de soja lidera a lista (US$ 3,4 bilhões). As importações do Brasil resultaram em US$ 2,2 bilhões, principalmente de azeite (US$ 362,5 milhões) e vinhos (US$ 156,6 milhões) dos europeus.
Confira o que prevê o acordo
– Eliminação da cobrança de tarifas para suco de laranja, frutas (melões, melancias, laranjas, limões e outras), café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais.
– Exportadores brasileiros de vários setores terão acesso preferencial: carnes (bovina, suína e de aves), açúcar, etanol, arroz, ovos e mel.
– Foram reconhecidos como distintivos do Brasil: cachaças, queijos, vinhos e cafés. Isso significa que a identidade desses produtos será protegida no território europeu.
– O acordo não prevê uso de salvaguardas agrícolas especiais, o que preserva os interesses dos produtores brasileiros.
– Empresas brasileiras terão tarifas de exportação eliminadas para 100% dos produtos industriais.
– Empresas brasileiras poderão participar de licitações da União Europeia, um mercado estimado em US$ 1,6 trilhão
– Redução dos custos e agilidade nos processos de importação, exportação e trânsito de bens
– Produtores brasileiros poderão acessar insumos de alta tecnologia com preços menores.
– Consumidores terão acesso a maior diversidade de produtos a preços competitivos.