Durante os períodos seco do ano, quando a produção de forragens pode ser afetada pela estacionalidade, a qualidade de alimentação dos bovinos é diretamente influenciada. “Nessa época, as pastagens ficam debilitadas e, consequentemente, a nutrição do rebanho fica deficiente, gerando a necessidade de intensificar a suplementação mineral, proteica e energética dos bovinos”, explica Bruno Lima, veterinário da Virbac – indústria farmacêutica veterinária. “Por isso, o objetivo principal dos pecuaristas nesse momento deve ser tanto a manutenção, quanto o ganho de peso dos animais, para não comprometer o desempenho produtivo dos rebanhos.
Mesmo sendo um assunto recorrente, Lima considera importante abordá-lo todos os anos, pois a suplementação mineral oral ainda é a via mais utilizada para bovinos, que pode ser realizada através do consumo à vontade para animais criados soltos no pasto ou através de ingestão forçada, misturada nos alimentos para animais confinados. “A suplementação oral é efetiva para correção e prevenção de deficiências permanentes a longo prazo”, explica Lima. “Entretanto, em períodos de alto desafio nutricional como no período seco, é necessário estimular o metabolismo dos animais de forma rápida num curto prazo e, nesse caso, é recomendado associar ao manejo normal da fazenda um programa de Mineralização Injetável”.
A mineralização injetável é uma estratégia de manejo indicada para suplementação e estímulo rápido do metabolismo dos animais previamente e durante os períodos de alto desafio metabólico-nutricional, pois fornece fontes minerais prontamente disponíveis para absorção. “Isso não quer dizer que essa estratégia elimina a suplementação oral, na verdade ela complementa”, ressalta Lima.
Além disso, Lima explica que a atenção maior deve ser principalmente para os animais jovens, pois eles precisam de nutrientes para a formação de células, tecidos e sistema imunológico. “Se não consumirem a quantidade ideal de nutrientes, sobretudo de minerais, acabam utilizando o que consomem somente para a manutenção e não para o crescimento, resultando em animais com atraso no desenvolvimento”.