Agricultura

Expedição Safra na América do Sul

Depois de passar por 12 estados brasileiros para acompanhar e fazer o levantamento da produção de grãos no Brasil, a equipe da Expedição Safra inicia mais um roteiro. Desta vez, os técnicos e jornalistas irão atravessar a fronteira para conferir os países vizinhos na América do Sul: Paraguai, Argentina e Uruguai. Entre os dias 05 e 15 de abril, a equipe passa pelas regiões de Santa Rita (PY), Rosário (ARG), Pergamino (ARG), Nueva Palmira (URU), Mercedez (URU), Paysandu (URU) para acompanhar a colheita da safra de verão.

 

O jornalista do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo da Expedição Safra, Marcos Tosi, destaca que a temporada está sendo marcada, principalmente, pela recuperação da Argentina em relação a safra anterior. “No ano passado, os produtores argentinos sofreram com a maior seca dos últimos 50 anos, deixando de produzir cerca de 17 milhões de toneladas. Proporcionalmente, isso representa quase toda soja que é produzida no Paraná. Então, ela volta com força desta vez no mercado de soja”, destaca o jornalista.

 

No Paraguai, as questões climáticas influenciaram, fazendo com que a colheita seja menor que o esperado. O país fica numa Latitude próxima do Sul e Sudeste brasileiro, fazendo com que fosse afetado pela mesma estiagem que prejudicou a produção no Brasil nos meses de dezembro e janeiro. Em novembro de 2018, quando a Expedição passou pela região, as estimativas de produção eram de 9,7 milhões de toneladas. Atualmente, por enquanto, a Câmara Paraguaia de Exportadores e Comercializadores de Cereais e Oleagenosas (Capeco) projeta que a quebra nesta safra seja de 1,5 milhão de toneladas.

 

Na época do plantio, em novembro do ano passado, a equipe visitou o porto de Concepción, no Rio Paraguai. “Existia uma expectativa de que as cargas do Brasil, no MS e uma parte do Centro-Oeste pudesse ser movimentada com um maior volume pelo Rio Paraguai no porto de Concepción. Mas parece que ainda há algumas questões burocráticas que estão barrando a liberação de cargas brasileiras. Então, não cresceu tanto como deveria ter crescido o escoamento das safras pelas hidrovias”, relata Tosi.

 

Agora, no novo roteiro, o encerramento será no Uruguai, mais especificamente no Porto da Nueva Palmira – última parada antes das cargas de soja serem transferidas para o navio e cruzarem o atlântico. A equipe pretende conferir especificamente o ponto onde desemboca a rota dos grãos por hidrovias dentro do Mercosul, analisando e entendendo melhor como funciona a logística no local.

 

O roteiro completo acontecerá pelas cidades de Santa Rita no Paraguai; Rosário e Pergamino na Argentina; e finalizando nas cidades de Nueva Palmira, Mercedez e Paysandu no Uruguai

 

(Foto: Fernando Zequinão)

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