O consumo de leite e derivados lácteos avança a cada ano e a América Latina desempenha um relevante papel para atender a demanda global. Pesquisas estimam que a região tem cerca de três milhões de produtores e produz mais de 78 milhões de litros de leite, sendo responsável por, aproximadamente, 11% da produção mundial. Além disso, a cadeia leiteira contribui ativamente para o produto interno bruto (PIB) dos países do cone sul.
O aumento do consumo per capita de produtos pecuários nas últimas quatro décadas, reforça a importância das ações ligadas à melhoria da produtividade, com isso os produtores vêm buscando alternativas que permitam otimizar a produção leiteira.
É neste contexto que a OnFarm ingressa no mercado latino-americano. A startup nascida no Brasil em 2018 oferece um sistema único e inovador que permite a identificação do agente causador da mastite em 24hs, por meio da cultura microbiológica realizada na propriedade.
Em seus quatro anos de atuação em terras brasileiras, a empresa contribuiu com o controle da mastite em mais de 2.500 propriedades. São mais de 1200 laboratórios espalhados pelo país e cerca de 100 mil vacas monitoradas. A solução também desempenha um importante papel social, no ano de 2021, ajudou a evitar o descarte de 7 milhões de litros de leite.
Estabelecida no mercado nacional, a marca alçou novos voos em 2022 ampliando sua atuação para outros países da América Latina. Hoje, a marca já atua em fazendas na Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia e Equador.
“Para atendermos plenamente as necessidades dos produtores, nossa atuação nestes primeiros anos de mercado foi focada no Brasil, tivemos o cuidado de acompanhar de perto cada movimento para empoderar os produtores levando uma solução que permite lidar com a mastite, um desafio inerente da produção leiteira. Mas, sempre recebíamos sondagens para levar nossa atuação para outros países. Com isso, ao identificar que era o momento certo de expandir começamos a fazer o mapeamento de parceiros locais que permitisse ampliar nossa atuação no mercado latino-americano”, detalha Laerte Cassolli, CEO da Rúmina, empresa que reúne variadas soluções digitais voltadas para a pecuária, do qual a OnFarm faz parte.
Com os olhares voltados para o processo de expansão, o time OnFam buscou compreender os anseios e características do mercado latino, que conta com fazendas bem estruturadas e com alto investimento tecnológico. Com isso, a marca buscou parceiros locais para iniciar as negociações na região. O primeiro país do eixo latino a implementar o sistema foi a Argentina, onde atualmente 10 fazendas utilizam a solução.
Essa movimentação permitiu que a OnFarm chegasse à maior fazenda da América Latina, a Estancias Del Lago, um dos principais exportadores de leite em pó do Uruguai. Como um dos players mais relevantes do mundo, a propriedade produz mais de 550 mil litros de leite/dia.
Outra conquista da marca foi a implementação do sistema na Terra Leche, segunda maior fazenda da Colômbia. No Equador, a OnFarm está presente nas fazendas do laticínio Rey Lácteos.
As particularidades produtivas de cada país são levadas em consideração no momento da implementação do sistema. Na Argentina e no Uruguai, por exemplo, o leite tem uma qualidade superior e os desafios impostos pela mastite são menores, mas seguem presentes na cadeia produtiva. Já na Colômbia, Equador e Paraguai, a prevalência da doença é equivalente ao Brasil.
A unanimidade neste caso é a aceitação dos produtores. “Nossa equipe recebe feedbacks muito positivos sobre a contribuição do sistema para o uso racional de antibióticos e redução da taxa de CCS nas propriedades”, afirma Laerte.
Nas propriedades onde a OnFarm está presente, a decisão sobre os protocolos de tratamento a serem adotados é mais ágil e assertiva. Munidos de informação, os produtores podem reduzir o uso de antibióticos nos casos de mastite clínica. Além disso, é possível monitorar os casos de mastite subclínica, o que, consequentemente, permite reduzir a Contagem de Células Somáticas (CCS) de tanque nas fazendas. Outra contribuição do sistema é no momento da secagem, com a utilização da cultura e considerando o histórico da vaca é possível avaliar e implementar o uso da terapia seletiva da vaca seca, o que também contribui para o uso racional de antibióticos.
As expectativas para o futuro são promissoras. As negociações com outros países seguem avançadas e a Rúmina pretende levar outras soluções para os produtores latino-americanos, entre elas o sistema de gestão Ideagri, que permite acompanhar e monitorar toda a rotina da propriedade e RumiTank, dispositivo criado para otimizar o monitoramento remoto dos tanques de leite.
Foto: Divulgação / Assis Comunicações