Por Giovanna Cappellano* – Com objetivo de alertar para a importância de conservação do solo, um recurso natural essencial à sustentabilidade da vida na Terra, o dia 5 de dezembro foi instituído pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) como sendo o Dia Mundial do Solo.
Uma das formas de conservação do solo é por meio da agricultura orgânica. Produzida sem agrotóxicos sintéticos, transgênicos e fertilizantes químicos, a agricultura orgânica, além de influenciar na qualidade dos alimentos e na saúde de quem consome, também beneficia a saúde do trabalhador agrícola e a qualidade do solo, água, vegetação e animais locais, já que as técnicas do processo respeitam o meio ambiente.
Conheça os seis principais benefícios da agricultura orgânica:
1. Ausência de agrotóxicos: como não é usado pesticida sintético na agricultura orgânica, o ecossistema produtivo é mais saudável, desde o solo ao alimento.
2. Qualidade de vida no campo: os cultivos orgânicos geram emprego e renda justa para os trabalhadores do campo, pois as certificações orgânicas resguardam os direitos básicos dos trabalhadores. Então, a agricultura orgânica contribui na melhora da saúde e das condições socioeconômicas das comunidades rurais.
3. Conservação do solo: ao contrário da agricultura convencional, a agricultura orgânica visa a conservação do solo por meio de práticas mais sustentáveis. Nesse tipo de agricultura, tudo é reaproveitado. É possível, por exemplo, realizar adubação ou proteção contra pragas com partes das plantas. Na agricultura convencional, essas partes seriam descartadas ou até queimadas. Esse processo permite a manutenção da saúde do solo e de todo ecossistema envolvido para uma produção mais eficiente e menos agressiva.
4. Bem-estar animal: na produção orgânica, os animais são alimentados somente com produtos orgânicos e mantidos em locais mais espaçosos e menos estressantes, reduzindo o uso de hormônios artificiais e antibióticos sintéticos. Com os animais mais saudáveis e com a alimentação à base de plantas, é possível utilizar os excrementos como adubo. Dessa forma, há redução de resíduos e o ciclo é fechado.
5. Promoção da biodiversidade: a conservação do solo e a ausência de agrotóxicos ajudam na preservação de pássaros, insetos, animais, além de fungos e bactérias presentes no solo, importantes para o crescimento da vegetação da região e para a manutenção dos ecossistemas.
6. Captura de carbono: a conservação da saúde do solo contribui para que o carbono sequestrado pelas plantas fique preso no solo. Como o gás carbônico é removido da atmosfera, o impacto ambiental é minimizado.
(*) Giovanna Cappellano é coordenadora da área de ESG do Grupo Sabará
Foto: Divulgação / Grupo Sabará