Produtores rurais com pequenas criações de suínos podem agregar valor ao produto produzido ao optar por uma nutrição livre de antibióticos, os chamados ‘promotores de crescimento’. Isto é possível se os suinocultores aliarem um correto manejo de reprodutores, matrizes e leitões e da estrutura física com o uso de rações com prebióticos e conservantes naturais. A soma de ações gera um produto de maior valor agregado, alinhado a tendência do mercado, de oferta de proteínas mais saudáveis e sustentáveis aos consumidores. Desde 2020, Ministério da Agricultura, devido à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), proíbe o uso de promotores como tilosina, lincomicina e tiamulina, em rações suínas, pela possível influência na saúde humana.
Conforme explica a médica veterinária Letícia Lopes Rocha, coordenadora de Produto e Trade Marketing na Guabi, os mananooligossacarídeos são ingredientes alimentares não digeríveis e são denominados prebióticos . Segundo Letícia, eles possuem a capacidade de estimular o crescimento ou atividade de microrganismos benéficos, melhorar a absorção de nutrientes durante a digestão e também estimular o sistema imune, prevenindo enfermidades e potencializando o crescimento natural de leitões. “Essas moléculas (prebióticos) atuam impedindo que agentes patogênicos se fixem na parede intestinal. Com isto, há uma melhora da saúde de modo geral, melhor digestão, melhor absorção, e consequentemente, melhor desempenho ao produtor”, destaca.
Manejo adequado
O uso de rações com prebióticos e conservantes naturais deve ser realizado em conjunto com um manejo adequado. O correto dimensionamento da estrutura em que os suínos vão permanecer é o primeiro passo para garantir espaçamento e bem-estar, de acordo com a quantidade, o peso e a fase de vida de cada leitão. Outros itens relevantes são o controle de dejetos, disponibilidade de água e o tipo de comedouro oferecido.
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