Agricultura

Prática de controle biológico beneficia produtor e consumidor

Pesquisas têm avançado na busca por aprimorar a produção agrícola de forma sustentável: maximizando lucratividade do produtor ao mesmo tempo que diminuindo os impactos no meio ambiente e ainda disponibilizando alimentos cada vez mais saudáveis. Neste cenário, o controle biológico é uma das principais ferramentas para potencializar a produção e também otimizar a utilização de defensivos nas lavouras.

 

A técnica se baseia na utilização de microrganismos para o controle de pragas e doenças. O uso desses agentes pode também contribuir para potencializar a função das plantas e a absorção dos nutrientes, resultando em maior produtividade e rentabilidade. De acordo com o professor Flávio Medeiros, do Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), estudos mostram que com essas técnicas é possível reduzir em até um terço os custos de produção.

 

“Vamos supor que esse produtor substitua uma molécula química por um agente de controle biológico de eficiência de controle equivalentes, mesmo com custo equivalente, muitas vezes ele consegue ter maior produtividade e automaticamente uma maior rentabilidade, principalmente se considerado o efeito a longo prazo”, exemplifica Medeiros. O profissional destaca também os benefícios para o consumidor, já que a alternativa atende às exigências do mercado na busca por alimentos mais saudáveis, mas que essa redução na contaminação de alimentos e do meio ambiente pela maior adoção do controle biológico ainda recebe pouco reconhecimento por parte do consumidor nacional na melhor remuneração da produção agrícola, diferentemente do que já acontece em países como a França.

 

O especialista ressalta também que a percepção dos produtores, principalmente aqui no Brasil, tem mudado muito ao longo dos anos em relação à técnica. “Empresas e produtores tem percebido uma oportunidade de produto que atende à demanda. Principalmente nos últimos dez anos, o uso de controle biológico tem crescido muito no Brasil”, ressalta.

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