O fim do período de plantio das lavouras de trigo no Rio Grande do Sul é marcado pela falta de chuvas nas últimas semanas. A expectativa de que as precipitações viriam na última semana não se confirmou. A avaliação é da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS).
Conforme o presidente da entidade, Paulo Pires, o plantio atrasou nas zonas mais quentes e isso traz uma amplitude muito grande este ano. “Temos trigo que já foi passado na uréia, trigo com desenvolvimento bem adiantado e trigo que recém está germinando. Mas, de forma geral, a falta de chuva, especialmente em regiões como Santa Rosa e Missões, tem atrasado o desenvolvimento”, destaca.
Sobre o mercado, o presidente da FecoAgro/RS salienta que ele se mantém ajudando e trazendo uma perspectiva para o produtor na venda para produção moageira e também na venda para a produção animal. “Os preços estão muito bons e o produtor aproveita isso e puxa a questão da comercialização. Houve um aumento de área muito significativo no Rio Grande do Sul. Acreditamos que este crescimento esteja ao redor de 20%”, observa.
A FecoAgro/RS estima desde o início uma área de 1,1 milhão de hectares, o que deve, se o tempo colaborar, contribuir para maior recebimento de trigo nas cooperativas com a previsão de uma safra passando de 3 milhões de toneladas, podendo chegar até 3,3 milhões de toneladas.
Sobre os grãos de verão, Pires informa que começam a existir movimentos no Rio Grande do Sul de dessecagem de áreas para plantio de milho. Já sobre a soja, entende que haverá um aumento de área porque existem campos na fronteira agrícola gaúcha que estão se transformando em campos da oleaginosa.