Por Lucas Satiro* – O Brasil é o maior produtor global de café, responsável por cerca de um terço da produção mundial do grão. E dentro deste ecossistema de sucesso, existem métodos que podem impulsionar ainda mais a safra cafeeira, como a fertirrigação. Ainda pouco utilizada por muitos produtores, mas fundamental para o ganho de produtividade, a técnica consiste na aplicação de fertilizantes via irrigação, e encontra no café uma de suas principais culturas de atuação no Brasil.
Com um sistema de irrigação bem instalado e os cuidados necessários para realizar a fertirrigação, o produtor de café pode ter diversos benefícios em relação aos métodos convencionais. Dentre deles, temos como exemplos: redução de gastos com mão de obra nas operações de adubação e menor tráfego de máquinas dentro da propriedade, que leva à redução da compactação do solo, bem como a disseminação/incidência de pragas e doenças.
Outro ponto de destaque, é que realizando a fertirrigação, o agricultor tem um melhor aproveitamento do sistema de irrigação, condicionando melhor uso do capital investido. A fertirrigação ainda elimina a dependência de chuvas para realização das adubações, possibilita a aplicação de nutrientes de acordo com a necessidade das plantas, e perto de suas raízes, onde são facilmente absorvidos. A combinação desses benefícios aumenta o aproveitamento dos fertilizantes e conduz a lavoura para uma colheita de sucesso.
Em resumo, com a fertirrigação conseguimos produzir mais utilizando menos recursos – o que acarreta o aumento de rentabilidade para o agricultor, tornando seu empreendimento mais sustentável. Por esse motivo, essa técnica que é considerada o estado da arte em nutrição, cresceu a passos largos nos últimos anos, e continuará crescendo nos próximos, impulsionada pela necessidade de uma agricultura mais eficiente.
(*) Lucas Satiro é especialista agronômico da Yara Brasil.