Uma pesquisa da Embrapa avaliou linhagens diferentes de guandu para selecionar forrageiras com melhor velocidade de implantação, já que, de maneira geral, as leguminosas são lentas em seu desenvolvimento inicial. Das 40 analisadas, a g18-95 demonstrou alta velocidade de implantação aliada à elevada qualidade dos grãos. Devido a essas características, a linhagem está em testes para alimentação humana na Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP).
A publicação “Seleção de linhagens de guandu (Cajanus cajan (L.) Millsp.) de melhor desenvolvimento inicial e possíveis aplicações práticas”, de autoria de Rodolfo Godoy e Bia Anchão Oliveira, foi lançada neste mês de junho pela Embrapa. O objetivo foi verificar se havia, dentre as 40 linhagens da coleção de guandu, algumas com velocidade de implantação mais rápida, que poderiam ser usadas em programas de melhoramento genético ou lançadas como cultivares, no caso de outras características favoráveis.
O pesquisador Rodolfo Godoy explica que a vantagem da implantação rápida do guandu é o estabelecimento da cobertura do solo e o crescimento veloz das plantas.
Guandu para consumo humano
A Embrapa tem demonstrado interesse em desenvolver cultivares de guandu para alimentação humana. Entre as 40 linhagens, nove foram selecionadas pelo tamanho e aparência dos grãos para serem testadas.
As análises iniciais foram conduzidas pelo Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ-USP). A g18-95 destacou-se pela alta qualidade de seus grãos.
De acordo com a publicação, a linhagem está em “processo de multiplicação de sementes, vem sendo avaliada sensorialmente e deverá passar por avaliação agronômica de produtividade de grãos”.