A higienização a seco vem ganhando relevância nas granjas de suínos e aves no Brasil devido a possibilidade da sua utilização na presença dos animais. De acordo com o médico veterinário Paulo Bennemann, gerente técnico da área de suínos da SANPHAR Saúde Animal na América Latina, a adoção do programa de limpeza a seco visa reduzir a pressão de infecção nas instalações mesmo na presença de matéria orgânica.” O desenvolvimento de programas eficientes de limpeza e desinfecção na produção de suínos é essencial para reduzir a pressão de infecção decorrente da presença de bactérias, vírus e fungos no ambiente”, alerta o médico veterinário.
“Desinfecções realizadas antes do alojamento de novo grupo de animais, no intervalo entre lotes de produção (método convencional) ou até mesmo a higienização a seco (na presença dos animais) têm objetivo base de reduzir a carga infecciosa a níveis aceitáveis para a saúde e o bem-estar dos animais. Este processo é fundamental em todas as fases da vida”, enfatiza o gerente técnico da SANPHAR.
Paulo Bennemann explica que a higienização a seco é baseada no conceito de dessecação, promovendo a redução do pH do ambiente e inativando os agentes patogênicos ali presentes. Para que tal processo seja eficaz, ele recomenda que sejam realizadas aplicações seriadas do produto destinado à higienização a seco, visto que o excesso de matéria orgânica pode reduzir sua efetividade, sendo assim, a associação de uma limpeza mecânica da matéria orgânica e a aplicação correta do produto colaboram para que a carga microbiana permaneça em níveis aceitáveis.