Agricultura

Em fase de colheita, safra do oeste baiano é promessa de bons negócios

As máquinas estão se revezando para colher as 5 milhões de toneladas de soja previstas para este ciclo. Com quase 1,5 milhão de hectares plantados no Cerrado baiano, a estimativa aponta para uma produtividade média de 54 sacas por hectare – seis sacas acima da média dos últimos 10 anos –, de acordo com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Já o algodão, que teve um acréscimo de 70% na área cultivada, atingindo 333 mil hectares e uma produção calculada em 1,2 milhão de hectares, promete mais uma vez uma colheita recorde, estimada em mais de 1,6 milhão de toneladas de pluma.

 

O otimismo de boas colheitas, incluindo ainda a do milho, que, assim como a soja, sofreu com o veranico que atingiu a região no início do ano, mas que não deve comprometer os resultados, chega até a 15º edição da Bahia Farm Show, realizada de 28 de maio a 1 de junho em Luís Eduardo Magalhães. Com praticamente 100% dos espaços comercializados, a feira, que em 2018 atingiu a marca história de R$ 1,891 bilhão em volume de negócios, se ampara nos resultados da safra como garantia de um evento de grande sucesso e bons negócios. “Já é o segundo ano consecutivo que o Oeste deve colher bem, isso faz com que o agricultor invista mais, adquira maquinários, insumos e tecnologia. A Bahia Farm Show vem com todo o suporte tecnológico e de pesquisas para ajudar o agricultor a produzir mais, de forma eficiente e em áreas menores. Isso sem falar nos agentes financeiros que estarão com linhas de crédito especiais para a agricultura”, reforça Celestino Zanella, presidente da Aiba e também da Feira.

 

Se por um lado os agricultores, impulsionados pela boa safra, buscam no evento tecnologia e suporte para o dia a dia no campo, as mais de 200 empresas que estarão expondo uma cartela superior a 900 produtos nos segmentos de maquinário e equipamentos agrícolas, sementes, defensivos e fertilizantes, veículos, software, tecnologia de irrigação, aviação, entre outros, estão confiantes no fechamento de bons negócios. É o caso da FW Máquinas, Distribuição e Comércio Ltda. – distribuidor Komatsu – com matriz em Recife (PE) e filial em Salvador (BA), presente há pelo menos seis edições da feira. De acordo com o diretor Fernando Gurgel, além da promessa de uma boa safra, outros fatores são considerados na empresa para um retorno promissor.

 

“A Feira é geradora de negócios. É a oportunidade que temos de conhecer todos os envolvidos no segmento e prospectar novos negócios, a médio prazo. Trabalhamos em outras regiões do Nordeste, mas a gente entende que o Oeste se sobressai no cenário do agronegócio e dos bons negócios. Acompanhamos as prospecções da safra e pelo que tudo indica, este ano será boa, isso fará mais uma vez uma Feira muito rica, com a vantagem deste novo cenário político estar com um olhar especial para o setor. Isso por si só já nos motiva”, diz Gurgel.

 

Quem também não esconde o otimismo em participar, pelo sexto ano, é Roberto Derner, sócio proprietário da empresa RDerner, especializada em perfuração de poços para a irrigação. Ele revela que atua na região Oeste há pelo menos 21 anos, onde concentra cerca de 90% de todo o trabalho da RDerner. “A Feira é o momento de integração com atuais clientes e prospecção de novos. Apesar do veranico pontual que atingiu o Oeste, a safra será muito boa, logo, nossa expectativa para a Bahia Farm acompanha essa previsão. Estamos confiantes”, afirma.

 

A Bahia Farm Show é realizada pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), com o apoio da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Associação dos Revendedores de Máquinas e Equipamentos Agrícolas do Oeste da Bahia Ltda (Assomiba), Fundação Bahia e Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães.

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