A pauta de diversidade e inclusão vem ganhando cada vez mais destaque no mercado de trabalho, em que as empresas estão gradativamente percebendo que o tema, além de sua importância social, também é estratégico para o desenvolvimento do negócio. Uma equipe diversificada e inclusiva pode resultar em mais propostas e inovações, perspectivas para soluções mais concretas, otimizar o engajamento dos envolvidos e, consequentemente, trazer mais crescimento para a empresa.
Esse tema foi debatido pelas lideranças da área de Recursos Humanos de empresas e instituições do agro durante reunião do Comitê de Gente e Gestão da ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio. Segundo Aline Cintra, HRBP director na Bayer, a diversidade e inclusão é um trabalho contínuo, uma jornada que deve incluir todos os níveis hierárquicos da organização e ser agregada ao planejamento estratégico da empresa. “Um colaborador em um ambiente inclusivo pode operar com seu máximo de potencial, pois ele não tem a necessidade de dedicar esforços para agir de acordo com condutas impostas e a energia investida para essa finalidade não gera valor para a empresa” disse.
A diretora de RH América Latina da Corteva, Claudia Pohlmann também participou do diálogo e comentou que que a chave para o sucesso não está apenas no esforço do time de recursos humanos, mas na colaboração de todos os envolvidos. “É no trabalho diário de conscientização e ação conjunta que se constrói a diversidade no trabalho”, destacou.
Eduardo Barbieri, sócio da Weplace, empresa de consultoria em capital humano, expôs que hoje as empresas já reconhecem a importância da diversidade em seus negócios, mas ainda têm insegurança em trabalhar com o tema, visto que é amplo e complexo. O caminho para manter a roda girando é manter a curiosidade e a disposição para continuar aprendendo, a partir da escuta e compreensão da realidade do outro.
O encontro destacou os principais direcionadores para a inclusão e a diversidade no setor, que é um conceito que envolve o engajamento de todos os membros. As lideranças devem utilizar de seus privilégios para agir de maneira proativa e com intencionalidade de despertar e manter a curiosidade em todos os colaboradores, para que haja uma inclusão ampla e verdadeira, contemplando diferentes gerações, pessoas com deficiência, de diferentes raças, etnias, identidades de gênero e orientação sexual.