Os pequenos produtores resolveram aderir ao plantio da soja em detrimento da semeadura de outras culturas de menor investimento. O aspecto peculiar desta safra 2020/21 foi apontado no 7º Levantamento da Safra de Grãos, publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Por essa razão, a área destinada à sojicultura paulista neste ciclo foi 4,7% superior àquela registrada em 2019/20, alcançando 1,17 milhão de hectares plantados. Entre as principais razões estão: a boa margem de lucro, a facilidade de negociação e o menor risco climático, especialmente se comparado ao milho.
As boas condições climáticas das últimas semanas em praticamente todas as regiões produtoras de São Paulo favoreceram o processo de maturação e colheita da soja, que deve alcançar o potencial produtivo esperado. Com as chuvas de dezembro e janeiro, algumas localidades alcançaram produtividades de até 4.200 kg/ha, sendo que a média estadual está estimada em 3.700 kg/ha (3,7% superior ao rendimento médio obtido na safra 2019/20). Até o fim de março, cerca de 90% das lavouras de soja no estado estavam colhidas e a expectativa de produção total é da ordem de 4,3 milhões de toneladas.
Outras culturas
Com chuvas regulares desde dezembro de 2020, as lavouras de milho 1a safra têm apresentado melhor desenvolvimento em comparação ao início do ciclo, que foi de poucas precipitações. Dessa forma, a perspectiva é de produção próxima a 1,8 milhão de toneladas (resultado similar àquele verificado na temporada passada). Cerca de 60% das áreas cultivadas já haviam sido colhidas até o fim de março.
O feijão 1a safra já foi todo colhido, com produção final de 110,2 mil toneladas – uma redução de 2% em relação à safra anterior. O cultivo é bastante centralizado no estado, especialmente nos municípios de Taquarituba, Itaí, Itapeva, Avaré e Coronel Macedo.