A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé anunciou nesta quarta-feira, 31 de março, em assembleia geral ordinária, o balanço de 2020. Além de receber, durante o ano passado, premiações em espécie de programas de certificação, reconhecimento, qualidade do café e de restituição de capital, os cooperados receberão adicionalmente R﹩ 107 milhões em 2021, referentes às sobras geradas pelos resultados na ordem de R﹩ 325 milhões. Assim como a distribuição histórica, o faturamento também é recorde: R﹩ 5.030 bilhões.
O balanço do ano passado ainda apresenta o maior recebimento de café, total de 8,1 milhões de sacas, das quais 6,6 mi foram entregues somente pelos cooperados. O volume de embarques também atendeu às expectativas: 5,9 milhões de sacas de café destinadas para o Brasil e para o mercado internacional, sendo 4,9 milhões de sacas exportadas para 50 países em 5 continentes. Já a SMC Specialty Coffees, empresa controlada pela Cooxupé com atuação no mercado de cafés finos e especiais, exportou 95.650 sacas para países como Alemanha, Coreia do Sul, Itália e Japão.
Os investimentos em aquisições, reformas e ampliações somaram mais de R﹩ 40 milhões. A Torrefação – que produz para o mercado interno linhas de cafés torrado e moído e grãos para espresso, além de cappuccino – registrou a produção de 11.9 milhões de quilos, representando um processamento de 198.777 sacas de café. Já os cooperados acima de 75 anos foram beneficiados com a restituição de cota capital no valor de R﹩ 6 milhões, totalizando um montante de R﹩ 25 milhões desde a implantação do programa em 2019.
Em 2020, a produção dos cooperados foi de 10,99 milhões de sacas de café arábica na área de atuação da Cooxupé que compreende Sul de Minas, cerrado mineiro e média mogiana do estado de São Paulo. 96% dos cafeicultores associados representam a agricultura familiar, sendo mini e pequeno produtores. Em 2021, ano de bienalidade baixa do café, a Cooxupé estima uma produção de seus cooperados de 7,49 milhões de sacas em sua área de ação, impactada pelo comportamento climático que provocou crises hídricas no solo e exposição da planta a altas temperaturas desde o último setembro.
“A chegada da pandemia trouxe muitas incertezas no cenário global, mas as atividades da Cooxupé foram adaptadas e realizadas com sucesso, nos permitindo alcançar resultados históricos. O funcionamento do Porto de Santos foi fundamental para as exportações. Mas, a união e a confiança depositadas pelo nosso cooperado à Cooxupé foram conclusivas para este balanço absolutamente positivo. É o movimento cooperativista mostrando a sua força e, neste contexto, comemoramos todas as conquistas dos nossos associados ao longo do ano passado, somando agora mais estes 107 milhões que serão distribuídos para eles, respeitando a sua participação com a cooperativa”, destaca o presidente Carlos Augusto Rodrigues de Melo.
Ao considerar o recebimento de café da Cooxupé em 2020, de acordo com a CONAB, o volume recebido pela cooperativa mineira representou 17% da produção nacional de café arábica e 24% da produção deste tipo de café do estado de Minas Gerais.