Direto da Redação Sustentabilidade

Parceria vai otimizar restauração de florestas nativas

Base de 80% da biodiversidade terrestre do planeta, as florestas têm a sua importância relembrada à medida que as alterações climáticas e outras questões ambientais impactam o seu equilíbrio. Esse complexo ecossistema é um dos grandes responsáveis por coletar e filtrar água da chuva para proteger a qualidade dos recursos hídricos, atuar como barreiras naturais para conter a erosão do solo e capturar grande quantidade de dióxido de carbono da atmosfera. Cerca de 1,6 bilhão de pessoas – mais de 20% da população global – dependem diretamente das matas para a segurança alimentar, subsistência e fontes de energia, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Com o objetivo de seguir contribuindo para a proteção da vida selvagem e das florestas, a Bayer anuncia uma parceria com a Universidade de São Paulo (Esalq/USP), a Universidade Estadual Paulista (UNESP), o Centro Francês de Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento (CIRAD) e a Suzano (referência mundial na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto) na busca por melhorar o manejo e permitir que as florestas nativas no Brasil possam ser restauradas em um ritmo mais rápido, com custos menores e de forma mais sustentável.

O projeto avaliará os resultados incrementais da utilização das soluções oferecidas pela Bayer em relação ao modelo convencional utilizado atualmente. O principal objetivo é otimizar a operação em geral, já que sem o manejo correto, os custos de restauração são altos e o sucesso diminui devido à competição entre as plantas nativas e as daninhas. As primeiras experiências começaram em uma área de 20 hectares nos municípios de Itatinga (SP) e Paulínia (SP), e em campos experimentais da Esalq/USP, Bayer e Suzano.

O reflorestamento no Brasil é uma obrigação legal para os agricultores, produtores de florestas plantadas e outros proprietários de terras, no âmbito do compromisso do governo de fomentar a restauração de mais de 12 milhões de hectares de áreas verdes até 2030. Mitigar a competição com as espécies invasoras pode trazer não apenas ganhos de produtividade para a floresta nativa, mas também aumentar a biodiversidade, entre outras vantagens. “Há ainda potenciais benefícios de reputação e financeiros relacionados à preservação de áreas nativas e geração de créditos de carbono, todos ligados às demandas de sustentabilidade e em consonância com o Código Florestal no Brasil”, afirma o responsável por Pesquisa e Desenvolvimento Florestal da Saúde Ambiental da Bayer na América Latina, Fabricio Sebok, que compartilha a liderança do projeto com Luis Brena e Vinicius Santos, do time de Marketing.

Do lado acadêmico, importantes especialistas em matologia e restauração de áreas degradadas com espécies nativas brasileiras estão envolvidos na iniciativa da Bayer, tais como os professores Caio Carbonari, Edivaldo Velini e Iraê Guerrini, da UNESP, e Pedro Brancalion, da Esalq/USP. “Como o controle de plantas invasoras é um grande obstáculo à restauração, o desenvolvimento de novas estratégias de manejo representa uma das principais fronteiras para o avanço da ciência e da tecnologia”, afirma Brancalion.

“Neste sentido, a oferta de novas possibilidades com menos custos e intervenções é essencial para viabilizar a restauração em larga escala, especialmente em regiões tropicais”, destaca Flávia Flórido, engenheira florestal responsável pelo gerenciamento técnico dos testes em campo.

A unidade de Saúde Ambiental da Bayer está comprometida em oferecer soluções disruptivas, que permitam aos produtores florestais atingir as taxas de produtividade desejadas e melhorar a eficiência de suas plantações, ao mesmo tempo em que reduzem o impacto ambiental. Além de florestas plantadas, a Bayer trabalha pela recuperação de áreas nativas através de iniciativas de colaboração, tecnologias inovadoras e práticas sustentáveis. “Estamos focados na restauração e proteção de áreas nativas como uma oportunidade de negócios, não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos, Canadá e Nova Zelândia”, diz Mathew Nespeca, gerente global de Manejo de Vegetação na Saúde Ambiental da Bayer.

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