Produzir com qualidade e alta produtividade respeitando o meio ambiente é a missão para os produtores brasileiros que desejam perpetuar sua atividade por muitos anos. A empresa suíça Zasso Group, que desenvolveu uma capina elétrica para controle das ervas daninhas, tem realizado constantemente estudos ecotoxicológicos, a fim de investigar possíveis efeitos secundários em organismos não alvos da máquina no solo. “Os ensaios de campo são conduzidos rotineiramente pelos parceiros e instituições renomadas e especializadas neste tipo de estudo”, destaca Sérgio Coutinho Co-CEO da Zasso.
Ainda pouco conhecido e explorado, esse estudo não é algo tão novo. Estima-se que o termo ecotoxicologia foi criado em 1969 pelo toxicologista francês René Truhaut. O termo é um dos sub-ramos da biologia e ramo da ecologia – e estuda os efeitos e as influências de agentes tóxicos sobre diversos níveis de organização biológica: celular, individual, populacional, da comunidade e do ecossistema.
Boa fauna do solo = produtividade
A matéria orgânica do solo, que contém a maioria das reservas de Nitrogênio para a nutrição das plantas, bem como uma larga proporção do Fósforo e Enxofre, provém dos restos das plantas, dos resíduos e excrementos de animais. Assim, desempenha um papel importante e bem conhecido na manutenção da fertilidade das terras e na recuperação das mesmas.
A abundância de minhocas, Lumbricidae, no solo por exemplo, indica a boa qualidade deste. Pois elas incorporam os detritos vegetais que caem sobre a terra em seu interior até 15-20 cm de profundidade através dos canais que abrem e que facilitam a atuação microbiana.
Um dos primeiros testes realizados foi para investigar exatamente os efeitos do equipamento sobre o nível populacional de minhocas e de Calembôlas, Collembolas e, em um local de abundância desses organismos. As amostras desse estudo foram coletadas antes da capina elétrica e quatro semanas depois de sua realização. Os resultados apontaram que não houve alteração significativa nesses organismos após o uso da ferramenta.
“O baixo nível toxicológico dessa solução ocorre principalmente nesse caso pelo fato de grande volume de solo que serve de condutor e dissipa a energia minimizando a corrente e a diferença de potência enfrentadas por seres vivos de menor porte”, explica Coutinho, lembrando que um dos principais objetivos é o combate às daninhas com menor uso de herbicidas e outros produtos, garantindo sustentabilidade.