Quando falamos de produtos que atendam consumidores islâmicos temos que levar em consideração a necessidade da presença do selo Halal estampado nas embalagens. Ele atesta que um determinado produto está em conformidade com as exigências de órgãos internacionais e Jurisprudência Islâmica. Ou seja, assegura que toda a linha de produção da fabricante foi inspecionada por uma certificadora autorizada pelos mais variados órgãos internacionais e que seu produto está apto para ser comercializado para inúmeros países e, consequentemente, permitido para o consumo. “Vemos um amadurecimento e crescimento pela procura da certificação Halal”, insere o CEO da SIILHalal, Certificadora Halal Brazil, Chaiboun Darwiche.
Ele lembra que o Brasil por sua vocação natural na produção de alimentos é hoje um dos principais fornecedores global e a certificação Halal é o passaporte de acesso para inúmeras possibilidades para as indústrias brasileiras. “Temos uma relação sólida entre os nossos países. O Brasil é um parceiro confiável e prioriza as relações internacionais o que abre um leque de oportunidades para produtos certificados”, insere Chaiboun.
O CEO enfatiza que o Brasil é um dos maiores fornecedores de produtos Halal para os países muçulmanos. Prova disso foi apresentado no Relatório do Estado da Economia Islâmica Global 2020-2021 realizado pela empresa de pesquisa americana Dinar Standard com apoio do Centro de Desenvolvimento da Economia Islâmica de Dubai e atesta as projeções feitas pelo CEO da SIILHalal. Ele destaca que das cinco principais nações que exportam alimentos Halal para os 57 estados membros da Organização e Cooperação Islâmica (OIC) o Brasil está na primeira posição. “O país aparece no relatório com US$ 16,2 bilhões de alimentos Halal exportados, na sequência Índia com US$ 14,4 bilhões, Estados Unidos US$ 13,8 bilhões, Rússia US$ 11,9 bilhões e a Argentina fechando com US$ 10,2 bilhões”, informa.
Adicionalmente, avalia Chaiboun, a pandemia acentuou uma tendência que se apontava: aumentou a busca por produtos com Certificação Halal. “Isso porque os não muçulmanos passaram a identificar um componente muito importante neste momento ímpar da história da humanidade, a segurança alimentar, quesito fundamental presente em todos os processos de produtos e alimentos que possuam a certificação”, relata.
Ele encerra informando que a SIILHalal atenta a todos os benefícios econômicos e sociais contidos na certificação Halal fica inteiramente à disposição dos empresários brasileiros interessados em participar deste mercado. “Estamos tratando de um mercado que pode atingir US$ 3,2 trilhões em 2024 e que um produto com a certificação Halal pode ser consumido por mais de dois bilhões de pessoas no mundo hoje”, considera e encerra: “Participamos de um setor com rigorosos processos, regulado pela legislação nacional e que atende as normas nacionais e internacionais referentes ao Halal.”