A lavoura de soja depende de uma série de fatores para atingir seu máximo potencial produtivo, entre os mais importantes destacam-se as aplicações de inseticidas no início do ciclo da cultura. O momento mais crítico para proteger a soja é quando ela está começando a emitir os canivetinhos (estágios R3 e R4), evitando que o percevejo cause o abortamento e prejudique a qualidade e produtividade.
Considerados a principal praga da soja no Brasil, os percevejos têm causado enormes danos às lavouras. Estudos mostram que apenas um percevejo por m2 na fase de desenvolvimento da vagem é capaz de causar a perda de 100 quilos de soja por hectare.
O ideal é fazer a aplicação quando for observada uma população de meio a um percevejo por m2, evitando a deposição de ovos e a origem de uma nova geração da praga. Além disso, é recomendado realizar a reaplicação após 7 a 10 dias para garantir o controle do inseto.
A espécie de maior ocorrência é o percevejo-marrom (Euschistus heros), principalmente nas regiões mais quentes do Norte do Paraná ao Centro-Oeste, mas o percevejo-verde-da-soja (Nezara viridula) e o percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii) também causam muitas dores de cabeça aos produtores. Os insetos reduzem o potencial de germinação, provocam atraso no desenvolvimento, má formação de vagens e diminuem a qualidade dos grãos.