As exportações brasileiras de café, no período de 2014-2018, atingiram o volume de 174,25 milhões de sacas de 60kg e arrecadaram US$ 28,62 bilhões de receita cambial, o que permite inferir que o preço médio nesse período foi de US$ 164,24 por saca. Nesse contexto, analisando o desempenho de cada ano, por volume e receita, verifica-se que, em 2014, com a exportação de 36,43 milhões de sacas, as receitas obtidas atingiram US$ 6,61 bilhões; em 2015, com a exportação de 37,02 milhões de sacas – US$ 6,16 bilhões; em 2016, cujo volume exportado foi de 34,27 milhões de sacas e a receita US$ 5,45 bilhões; no ano de 2017 as exportações somaram 30,93 milhões de sacas com uma receita cambial de US$ 5,25 bilhões; e, finalmente, em 2018, foram exportadas 35,61 milhões de sacas de 60kg e a receita atingiu US$ 5,15 bilhões.
A despeito de ter havido decréscimo na receita cambial, no período ora analisado, o café vem se mantendo em quinto lugar no ranking das exportações do agronegócio, o qual em 2018 teve a seguinte performance: 1° – complexo soja, 2° – carnes, 3° – complexo sucroalcooleiro, 4° – produtos florestais e, 5°, o café. Em relação ao Valor Bruto da Produção – VBP (exclusivamente das lavouras), o café também se destaca em quinto lugar nesse ranking: soja, novamente em primeiro, cana-de-açúcar em segundo, milho em terceiro e algodão herbáceo em quarto, precedendo o café.
Especificamente no mês de fevereiro de 2019, o desempenho dos Cafés do Brasil continuou tendo destaque com a exportação de um volume de 3,42 milhões de sacas, que bateu recorde mensal, quando comparado com os volumes dos meses de fevereiro dos anos anteriores. Exclusivamente com relação ao café solúvel, o qual agrega valor com processo industrial, o preço médio obtido foi de US$ 150,84 por saca, valor aproximadamente 68% superior ao preço do café robusta (principal insumo da indústria de café solúvel), que teve média de US$ 89,84 por saca. Disso mais, o café arábica foi vendido por US$ 132,02 por saca em fevereiro.
Com relação aos meses de janeiro e fevereiro de 2019, os cafés diferenciados exportados perfizeram o preço médio de US$ 168,86 por saca, o qual foi 39% superior ao preço médio dos cafés Naturais/Médios (US$ 121,48 por saca). E, além disso, também em relação ao preço médio citado, houve acréscimo de 13% se comparado com o preço médio dos cafés industrializados (Solúvel e T&M), que foram vendidos ao preço médio equivalente de US$ 149,51 por saca. Esta análise das exportações dos Cafés do Brasil foi baseada nos dados do Relatório mensal fevereiro 2019, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé. As edições do Relatório estão disponíveis na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, desde março de 2015.
O Cecafé, nesta edição do Relatório do mês de fevereiro, estima que, se o desempenho das exportações for mantido nos próximos meses, o volume exportado neste ano cafeeiro deverá ser próximo de 40 milhões de sacas. O Conselho atribui essa perspectiva de crescimento como sendo “reflexo da liderança absoluta do agronegócio café do Brasil, por meio da organização e eficiência logística do comércio exportador, bem como dos consistentes investimentos em pesquisa, tecnologia e sustentabilidade de todos os elos da cadeia produtiva”.
Por fim, vale a pena conferir esses e outros dados do Relatório mensal fevereiro 2019, o qual contempla as seguintes seções: Exportações Brasileiras de Café – Mensal, Preços Médios Mensais de Café, Preços Diários de Café, Exportações Brasileiras de Café – últimos 12 meses, Evolução do Volume e Receita Cambial das Exportações Brasileiras de Café – ano civil, Exportações Brasileiras de Café – ano-safra, Exportações Brasileiras de Cafés Diferenciados, Exportações Brasileiras de Café por Continente, Grupo e Bloco Econômico, Perfil do Consumo Mundial de Café, Exportações Brasileiras de Café para os Principais Destinos, Exportações Brasileiras de Café para os Principais Portos de Destinos, Exportações Brasileiras de Café Verde para Países Produtores, Exportações Brasileiras de Café por Unidades de Despacho e Embarque, Análise Técnica, Séries Estatísticas e Artigo Cafeicultura Sustentável.