Agricultura

Crédito é o principal desafio do mercado de insumos agrícolas

Um recente levantamento, feito pela Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV), constatou que uma das maiores preocupações dos empresários do segmento é com o volume de crédito a ser concedido para os produtores para o financiamento dos insumos agrícolas.

 

Várias lideranças do segmento salientaram que o financiamento é uma prática frequente, tanto pela demanda do produtor – que muitas vezes não tem acesso ao financiamento bancário, quanto pela necessidade de implementação de novas tecnologias e produtos. Esta alta demanda de financiamento implica na necessidade cada vez maior de capital de giro pelos empresários da distribuição. Este é, sem dúvida, um dos maiores limitadores de crescimento do setor de distribuição e do próprio agronegócio.

 

Vários representantes do segmento chamam ainda a atenção para o fato de que, além da necessidade de ampliação do acesso ao crédito, é necessário criar mecanismos para o aumento da cobertura do seguro da produção agrícola. Ter disponível um fundo garantidor contra intempéries que podem inviabilizar parte ou completamente a produção, é fundamental para cumprir a lógica de fluxo de caixa, quando o distribuidor necessita do pagamento do produtor para fechar o seu ciclo financeiro.

 

O setor tem claro que garantir um sistema sustentável e seguro, mitigando inadimplência, é essencial para a sustentação do crescimento do agronegócio brasileiro e para manutenção do equilíbrio nas relações entre a indústria, o canal de distribuição de insumos agropecuários e os produtores.

 

O levantamento da ANDAV constatou ainda que, nos últimos cinco anos, vem se consolidando um cenário marcado pela entrada no segmento de grandes corporações e fundos de investimento nacionais e internacionais, originando os chamados “gigantes da distribuição”. Outro dado interessante é que 78% dos distribuidores afirmam que estão interessados em receber propostas de investimento de empresas e de fundos de investimento. Toda essa movimentação é reflexo da realidade de uma agricultura que, cada vez mais, demanda capital de giro porque é necessário mais investimento para auferir produtividade e competitividade.

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