Na hora de planejar uma nova safra de soja, os produtores rurais e suas equipes precisam escolher as sementes com a maior assertividade possível para que se atinja a performance desejada na lavoura. Para áreas com cultivo de soja na primeira safra e algodão na segunda temporada, a escolha certa da cultivar de soja influencia diretamente no sucesso ou não da safra de algodão.
Desta forma, a soja precoce se tornou peça chave para produtores rurais do Oeste da Bahia conquistarem altas produtividade em ambas as culturas, pois proporciona o estabelecimento de uma safra de algodão (irrigado) ainda no mês de janeiro para colher em meados de julho. No estado, o algodão segunda safra pode ser semeado até 10 de fevereiro.
De acordo com o 2º levantamento da safra 2019/20, divulgado pela Associação de Produtores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a região Oeste da Bahia foi responsável por plantar uma área superior a 1,6 milhão de hectares de soja. Luiz Stahlke, assessor de agronegócio da Aiba, explica que desse total, cerca de 100 mil hectares foram destinados para a soja irrigada, dos quais aproximadamente 45 mil hectares também irrigados tiveram a oleaginosa semeada na abertura de plantio, a partir de 8 de outubro, para atender a janela de semeadura do algodão segunda safra.
O produtor rural Augusto José Montani, do distrito de Roda Velha, em São Desidério (BA), tem boa parte de sua área destinada à soja precoce em pivô central, pois também cultiva algodão na sequência. Ele conta que na safra 2019/20 colheu 82 sacas por hectare em uma área de 96 hectares. “O ciclo foi de 90 a 92 dias, com alta produtividade e como tem maior resistência à ferrugem, dá mais segurança”, explica.
Montani destaca que a soja precoce demonstra estabilidade produtiva, pois na safra 2017/18 já havia plantado uma área teste em pivô, onde colheu 76 sacas por hectare. “Pretendo continuar e na próxima safra teremos uma área maior de soja precoce”, define.