Muitas vezes negligenciada, a água é um nutriente essencial para os animais, sendo importante para várias funções fisiológicas, como controle de temperatura, processos digestivos e excreção. “A água representa de 55% a 75% da composição das aves e até 80% dos suínos. Ainda assim, o trabalho de controle de microrganismos nas águas é muito pouco realizado nas granjas, sendo corrigido quando necessário”, revela Andrea Silvestrim, gerente de programa de Suinocultura da Trouw Nutrition.
A qualidade da água é essencial para auxiliar a alta performance zootécnica dos animais. Silvestrim destaca que a qualidade da água tem efeito direto sobre a quantidade ingerida pelos animais. “A diminuição do consumo de água é um dos primeiros alertas não somente de um possível desafio sanitário dos animais, mas também para controle genito-urinário e bem-estar do animal.
A água com características de pH mais alcalino (acima de 7), alta temperatura (acima de 21º C) e alto nível de dureza, pode apresentar uma palatabilidade desagradável, efeito laxativo e também interferir na eficiência de alguns medicamentos. Todos estes fatores podem impactar diretamente no desequilíbrio da flora intestinal e, consequentemente, impactar no desempenho dos animais, comprometendo a eficiência do ganho de peso e conversão alimentar”, explica.
A qualidade da água varia de acordo com a fonte de coleta. No Brasil, cada região apresenta suas peculiaridades em relação a pH, dureza, STD (sólidos dissolvidos totais), excesso de ferro, manganês, sulfitos e enxofre. Dependendo da qualidade da água, temos graves problemas por contaminação de bactérias, fungos e leveduras, acarretando problemas no intestino das aves, como passagem rápida da ração, má absorção dos nutrientes e da dieta, perda de peso e outros desafios sanitários. Todos esses fatores merecem atenção especial no tratamento da água com ácidos orgânicos“, afirma Gustavo Grzybowski, gerente de programa de avicultura da empresa.
O valor do pH é outro tópico essencial, pois impacta o consumo, a proliferação de microrganismos e os tratamentos via água. “O controle do pH da água com Selko pH traz a segurança na dosagem e na aplicação do produto, garantindo pH da água entre 3 e 4, o que evita a proliferação de bactérias, fungos, leveduras e mantém a estabilização da água em pH ideal. Importante destacar que o pH abaixo de 3 inibe o consumo da água das aves”, completa.
Para melhorar a qualidade da água, é preciso entender o seu comportamento, conhecendo a dosagem de cloro utilizada, determinando a dureza e os sólidos dissolvidos. Fazer exame microbiológico, para contagem de enterobactérias, fungos e leveduras, é outro procedimento recomendado, além de fazer gráfico de titulação do ph.
“Compreendendo a qualidade da água e seu comportamento, ajustamos as dosagens de cloro, conforme a necessidade do produtor e de acordo com os desafios sanitários que apresentam. Também pesa a finalidade de uso, como troca de ração, passagem rápida de ração, disbiose, contaminação de carcaça, pré-abate, ovos sujos, melhorar pico de produção, melhorar qualidade dos ovos, reduzir mortalidade e aumentar o peso nas primeiras semanas para melhorar os índices zootécnicos.
“Os sistemas de produção intensivos exigem cada vez mais o controle de patógenos com menor uso de antimicrobiano, bem como o mercado exige animais de alto desempenho com um custo de produção sustentável. A qualidade da água desempenha papel essencial nesse processo. Animais saudáveis realizam melhor conversão alimentar e estão mais imunes às infecções oportunistas em granjas”, pontua Andrea Silvestrim.