A produtividade em uma safra de soja é definida por vários fatores, dentre eles: condições climáticas, genética do material utilizado, fertilidade da área, fitossanidade, entre outros, que interligados culminam na produção final obtida pelo produtor.
A média de produtividade da soja no Brasil, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é em torno de 55 sacas/ha. Ela é influenciada principalmente pelas irregularidades pluviométricas ao longo dos anos agrícolas em diversas regiões produtoras de grãos e também, pela inadequada fertilidade do solo e nutrição das lavouras, fatores que culminam em baixas de produtividade.
Desde a implementação do primeiro projeto de irrigação por gotejamento subterrâneo para o cultivo de grãos no Brasil, em 2012, na Fazenda Três Capões, em uma área de 81/ha, no município de Palmeiras das Missões-RS, os resultados preliminares de produtividade da soja demonstraram-se muito satisfatórios, com safras atingindo produtividades superiores a 100 sacas/ha. Atualmente a média de produtividade da soja no sistema é 46% maior se comparada às médias das áreas de sequeiro da fazenda.
A exemplo da Fazenda Três Capões, e de outras em diferentes regiões produtoras de grãos no país, que aderiram a tecnologia de irrigação por gotejamento subterrâneo e que estabilizaram e aumentaram suas produtividades de soja, estão: a Fazenda Santa Cecília, no município de Vicentinópolis-SP e a Fazenda Tabapuã dos Pirineus, localizada no município de Cocalzinho de Goiás-GO.
Na fazenda Santa Cecília, nas cinco safras de soja realizadas, a produtividade média foi de 85 sacas/ha, em torno de 40% superior à produtividade média das áreas de sequeiro da fazenda. A fazenda Tabapuã dos Pirineus, que possui uma produção média de 55 sacas/ha na condição de sequeiro, deu um salto na média de produtividade para 97 sacas/ha em sua área irrigada por gotejamento subterrâneo, média 76% superior.
A estabilidade e saltos de produtividades que as fazendas estão obtendo com a utilização da tecnologia é proporcionada pela garantia de reposição hídrica das plantas em casos de déficit hídrico durante seu ciclo fenológico e também, pela flexibilidade do produtor em colocar em prática estratégias de nutrição da soja através do sistema de irrigação por gotejamento subterrâneo, diretamente no sistema radicular, de forma parcelada, de acordo com a demanda e ciclo fenológico da planta. A técnica é denominada Fertirrigação, ela aumenta a eficiência da aplicação e o aproveitamento dos nutrientes pela planta, diminuindo perdas e consequentemente aumentando a produtividade.