Diante das preocupações com a pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou orientações sobre procedimentos e cuidados para que a vacinação contra a febre aftosa ocorra sem colocar em risco a saúde dos produtores rurais e dos representantes do serviço veterinário oficial.
Na maioria dos estados, a primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra febre aftosa, para imunização de bovinos e bubalinos de todas as idades, será realizada de 1º a 31 de maio com a possibilidade de extensão do prazo, conforme pleito da CNA.
“Para isso, foi acordado como o Mapa que as Federações da Agricultura, em parceria com os serviços veterinários estaduais, precisam enviar um ofício à Superintendência Federal de Agricultura (SFA) nos estados, para avaliação”, disse o assessor técnico da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Ricardo Nissen.
Conforme discutido em reuniões, o Mapa permitirá que os estados do Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe realizem a imunização durante o mês de junho. O posicionamento da CNA era de que a etapa nesses estados se iniciasse em 1º de maio e finalizasse em 30 de junho, dando maior prazo para os produtores e serviços de defesa. Porém, os gestores dos órgãos de defesa estaduais optaram pela restrição da etapa aos 30 dias de junho.
Na Bahia, a imunização seguirá o calendário inicial, em maio. O estado de Goiás solicitou antecipação da vacinação em 11 dias, com provável início para o dia 20 de abril.
Ainda conforme o Mapa, a etapa está suspensa nos estados do Paraná, Rondônia e Acre, além de parte do Amazonas e de Mato Grosso. No Rio Grande do Sul houve antecipação para os meses de março e abril.
Além das modificações no calendário, com intuito de garantir a segurança dos pecuaristas durante a pandemia do Covid-19, não será exigido o comparecimento nos escritórios dos serviços veterinários estaduais para a preenchimento das declarações de comprovação da vacinação. O procedimento poderá ser realizado, preferencialmente, por meio não presencial (sistemas informatizados, correio eletrônico ou outras soluções a distância).
Caso não seja possível, a comunicação presencial poderá ser postergada para um prazo a ser pactuado com o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) no estado ou no Distrito Federal.
“Para o produtor a manutenção da etapa de vacinação é muito importante, haja vista que estamos em processo de adequação para um novo status sanitário e devemos cumprir nossos acordos comerciais internacionais. Ao mesmo tempo, as medidas de segurança durante a vacinação assegurarão a não exposição do produtor ao coronavírus”, afirmou Ricardo Nissen.