Todo produtor rural tem como intuito aumentar sua produtividade e a qualidade de seus frutos, apostando na sustentabilidade do negócio. O manejo adequado de água é um dos diversos fatores agronômicos responsáveis por influenciar diretamente no plantio.
O tomate, por exemplo, exige fornecimento constante de água durante sua fase de crescimento. Segundo o Engenheiro Agrônomo, João Roberto do Amaral Júnior, “a quantidade correta, quem determina é a planta e sua fase fisiológica”.
Ele reforça que uma planta recém transplantada necessita de umidade para que as raízes das mudas se desenvolvam. A dica, neste caso, é provocar um pequeno estresse hídrico para proporcionar melhor o enraizamento (vale lembrar que esse conceito é praticamente impossível em períodos de chuvas).
“No início, pode ser utilizado lâminas mais baixas e turno de rega – número de dias que o solo terá reserva de água suficiente para suprir a necessidade hídrica das plantas, sem prejudicar o seu desenvolvimento – de três a quatro dias. Conforme as plantas vão mudando de fase, a lâmina de irrigação vai aumentando e o turno de rega, diminuindo”, explica.
O agricultor ainda pode monitorar o manejo por meio do uso de tanque “Classe A” e coeficiente da cultura (KC), tensiômetro e estações meteorológicas automatizadas. No entanto, o excesso de água pode ocasionar muitos danos no cultivo, como o mau enraizamento das plantas e algumas deficiências induzidas por falta de oxigenação do solo. Além disso, pode favorecer o ataque de nematoides no deslocamento em direção das raízes, e fungos e bactérias que entram no fruto pelas lenticelas devido a demasia de umidade.