O rebanho da Fazenda Melkstad, localizada no município de Castro (PR) e fundada em 2012, cresceu por meio de fertilização in vitro e, atualmente, conta com 3.760 animais, incluindo 1.850 vacas em lactação. Devido ao grande número de animais, a propriedade esbarrou em alguns desafios, como obter sucesso reprodutivo, fator decisivo para a produção de leite. Por isso, apostou na adoção de tecnologia e implantou o sistema de monitoramento Allflex. Resultado: identificação de cio melhorou a taxa de serviço de 58% para 68% e a produção média de leite aumentou de 34 para 40 litros de leite por dia/vaca.
De acordo com Marcio Geraldo Hamm, gerente operacional da Melkstad, com um grande rebanho para gerenciar e ambições de crescimento, monitorar o cio com métodos complementares, como bastão ou fita adesiva, não foram suficientes para a detecção. Com isso, o diagnóstico visual de doenças também estava sendo ineficiente. ”Basicamente, precisávamos que nosso gerenciamento fosse mais eficiente e confiável”, conta.
Há aproximadamente três anos, a Fazenda Melkstad investiu num sistema de monitoramento informatizado e inicialmente foram monitoradas 600 vacas. Um ano depois outros 1.600 animais receberam o colar de monitoramento. Segundo o gerente operacional, a escolha do sistema se deu devido às informações abrangentes e de fácil acesso, capazes de fornecer em tempo real dados de reprodução, ruminação, atividade e estresse térmico.
Uma vez instalados, os benefícios do sistema de monitoramento foram quase imediatos, de acordo com Hamm. “É um sistema muito fácil de utilizar e acessar os relatórios regularmente. Para reprodução e sanidade, a atividade é monitorada hora a hora, e, no verão, monitorar o estresse térmico é fundamental para sabermos quando fazer o resfriamento dos animais”, aponta.
Com o novo sistema, a Fazenda Melkstad conseguiu obter dados úteis para melhorar suas decisões reprodutivas. Por exemplo, a taxa de serviço melhorou de 58% para 68%. Além disso, a taxa de prenhez também melhorou e de 17% passou a 25% em vacas primíparas e 19% para vacas multíparas.
Embora Hamm tenha escolhido não receber alertas via celular ou e-mail, coisa que o sistema implantado oferece, ele conta com acesso móvel e web em tempo real dos dados da fazenda, que, para ele, é extremamente útil para identificação imediata de animais doentes.
“O índice de mortalidade também diminuiu em 4%. Além disso, o rendimento na produção leiteira também foi positivo, passando de 34 litros por vaca por dia até 40 litros por vaca por dia, em média anualmente. O sistema de monitoramento nos trouxe tranquilidade, pois tudo o que acontece aos nossos animais está agora à disposição, na minha mão, em tempo real”, enfatiza.
“Nosso objetivo em longo prazo é aumentar a taxa de prenhez no rebanho. Com a implantação do sistema de monitoramento, já subimos 10 pontos percentuais na taxa de serviço pela melhora na detecção de cio, o que significa que estamos no caminho certo”, finaliza Hamm.