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APTA apresenta sementes de soja e milho para oeste de SP

Produtores rurais poderão conhecer algumas das principais cultivares de soja e milho adaptadas para a região Oeste do Estado de São Paulo, durante o 2º Grande Encontro sobre Cultivares de Soja e Milho da Região da Alta Paulista, que será realizado em 28 de fevereiro. O evento, organizado pela Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, deve reunir 400 agricultores, aproximadamente, no Polo Regional de Adamantina da APTA. O objetivo do evento é apresentar o desempenho agronômico de cultivares de soja e milho na região, para atender a demanda dos produtores e técnicos por informações imparciais para a escolha dos materiais mais adequados ao plantio nas condições da Alta Paulista.

Segundo Fernando Nakayama, pesquisador da APTA, a cada ano, a cultura da soja apresenta maior demanda pelo consumo humano, sobretudo como commodity para a exportação, e tem ganhado cada vez mais espaço entre as culturas cultivadas na Alta Paulista. Nakayama explica que produtores da região, durante as décadas de 80 e 90, investiram na produção da leguminosa, porém, devido às condições de temperatura e de chuva, não obtiveram tanto sucesso, situação que tem se modificado, com a disponibilização de novas cultivares de ciclos determinados, ou seja, que apresentam bons índices de produtividade mesmo em condições de dias mais curtos.

“A região da Alta Paulista é caracterizada pela baixa altitude, altas temperaturas e risco de veranicos, que são os períodos secos no início do Verão. Isso atrapalhava o desenvolvimento e a produtividade da soja. Esta situação tem se modificado com a disponibilização de novas cultivares pelas empresas de produção de sementes. Temos testado esses materiais e durante o evento apresentaremos os mais promissores e adequados para as nossas condições”, explica o pesquisador.

A APTA tem realizado trabalho de avaliação de aspectos agronômicos de cultivares de soja nas regiões de Adamantina, Andradina, Assis e Pindorama. Ao todo, 32 cultivares foram avaliadas no Polo Regional de Adamantina da APTA, sendo que 22 delas serão apresentadas durante o 2º Grande Encontro sobre Cultivares de Soja e Milho da Região da Alta Paulista. Os testes foram realizados em conjunto com a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), também ligada à Secretaria de Agricultura, e com a cooperativa agropecuária CAMDA, que possui mais de 20 mil produtores cooperados.

“Estamos disponibilizando informações para os produtores fazerem escolhas mais acertadas para cultivar a soja. Além de gerar renda no campo, a soja ajuda a fixar nutrientes no solo, que serão importantes para o cultivo da cana-de-açúcar, por exemplo. Por isso, esta é uma boa opção para áreas de renovação do canavial e de pastagem”, afirma Nakayama. O pesquisador da APTA lembra ainda que o ano agrícola de 2019 foi o mais seco da região desde 1966, mesmo assim, os campos de soja estão bonitos e devem ter alta produção.

Milho

Estão em estudo na APTA, 22 cultivares de milho. Os materiais também serão apresentados durante o Encontro e estão sendo avaliados de acordo com o perfil de solo e clima da Alta Paulista. “A cultura do milho é muito exigente em altitude, por isso, ele não é tão produtivo nesta região do Estado de São Paulo. Estamos, porém, avaliando cultivares desenvolvidas pelo Instituto Agronômico (IAC-APTA), pela CDRS e por empresas privadas, para saber quais são as melhores para serem produzidas neste tipo de ambiente”, afirma.

De acordo com Nakayama, a produção de milho na região é voltada para o consumo interno da propriedade, principalmente para a alimentação de animais, e é uma opção aos pequenos agricultores.

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