A DSM e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade São Paulo (Cepea/Esalq-USP), anunciam os resultados da quinta edição doTour DSM de Confinamento. Em cinco etapas realizadas no segundo semestre de 2019 nos estados de São Paulo, Goiás, Rondônia e Mato Grosso do Sul, os especialistas da área de Ruminantes Brasil da DSM avaliaram o desempenho zootécnico dos bovinos confinados tratados com os suplementos da linha Fosbovi® Confinamento com CRINA® e RumiStar™, aditivos com tecnologia exclusiva da empresa. Da parte do Cepea, a equipe avaliou os resultados econômicos desses confinamentos, principalmente os fatores ligados à rentabilidade dos produtores, considerando todas as variáveis, desde o custo da terra, do boi magro, da dieta até a receita decorrente da produção de bovinos mais pesados e com melhor acabamento.
Dos resultados dessa edição, o zootecnista Marcos Baruselli, gerente de categoria Confinamento da DSM, chama a atenção o fornecimento de dietas ricas em milho, com alto teor de concentrado e baixo volumoso, confirmando o resultado médio de uma arroba a mais por bovino confinado, e o alto índice de rentabilidade registrado pela equipe do Cepea: retorno sobre os investimentos (ROI) de 4,31% ao mês e de 12,93% para o período de três meses do confinamento (5,2% a mais que em 2018). “A rentabilidade registrada nessa edição é muito positiva e comprova os resultados dos investimentos em termos de tecnologia”, pontua Baruselli, informando ainda que o Tour DSM de Confinamento chegou ao final de 2019 com avaliação de mais de 125 mil bovinos em 40 etapas em dez estados, com mais de 5 mil pecuaristas participantes, sempre com resultados positivos em termos zootécnicos e econômicos.
E os resultados do confinamento devem ser ainda melhores em 2020. O pesquisador do Cepea, Thiago Bernardino de Carvalho, trabalha com a projeção de a rentabilidade desse sistema produtivo chegar a 6,12% ao mês, com ROI de 18,36% para os três meses de confinamento. Para isso, ele destaca principalmente a alta da arroba do boi aliada à demanda expandida decorrente da crise sanitária na China, cujo rebanho suíno (que representa a proteína animal mais consumida pela população chinesa) tem contabilizado perdas significativas pelo surto de Peste Suína Africana (PSA).
Sobre a alta do preço da arroba, destaque para a escalada recorde registrada a partir de outubro de 2019 e com a alto valor mantido no início desse ano. Nesse tempo, especialistas do mercado têm projetado que, mesmo com um possível reequilíbrio do valor da arroba, a perspectiva é que esse indicador se mantenha em alta e não retorne aos patamares do primeiro semestre do ano passado. “Com o custo para produzir uma arroba no confinamento variando entre R$ 120,00 e R$ 130,00 ano passado, o preço pago ao produtor nos mercados atual e futuro gera uma margem bastante atraente para a atividade”, comenta Baruselli.
Diante desse cenário, inclusive, Baruselli espera aumento do número de bovinos confinados no Brasil em 2020, podendo chegar a 6 milhões de animais, uma forte alta frente aos 5,26 milhões registrados no Censo de Confinamento DSM em 2019, estruturado pelo Serviço de Informação de Mercado (SIM), da empresa, junto a mais de 3 mil pecuaristas. “O nosso levantamento do confinamento no Brasil comprova que o produtor está cada vez mais atento para a produtividade e à rentabilidade”, conta o especialista da DSM, em sintonia com o pesquisador do Cepea: “Os números de 2019 mostram que o confinamento chegou mais cedo aos 5 milhões de bovinos, pois projetávamos chegar nesse rebanho em 2020. E, somado aos produtores que optam pelo semiconfinamento, que é o fornecimento de ração no pasto, estimamos que o nosso rebanho tenha mais de 13 milhões de bovinos tratados com uma dieta mais eficiente, o que ajuda a tornar a pecuária cada vez mais produtiva, competitiva e mais rentável”, comenta Carvalho.
Uma arroba a mais no confinamento
Entre os resultados zootécnicos oriundos da aplicação das tecnologias da DSM registrados nessa edição do Tour, destaque para o ganho de peso elevado e outros benefícios que se estendem por toda a cadeia produtiva da carne bovina, desde a melhora da saúde dos animais até a melhora da qualidade da carne que chega à mesa dos consumidores, com maior concentração de minerais e vitaminas, a exemplo das vitaminas do complexo B e da Vitamina E, que preserva a carne e aumenta o seu tempo de prateleira no varejo.
Sobre o índice de ganho de peso, os resultados aferidos em campo comprovaram o ganho superior em uma arroba a mais por bovino, em média, a partir da dieta com o fornecimento dos suplementos da linha Fosbovi® Confinamento com CRINA® e RumiStar™, o que equivale a um animal a mais a cada 18 bovinos confinados. Mas, adicionalmente a esses benefícios, outros diferenciais dos produtos são: maior eficiência alimentar; redução das taxas de problemas gastrointestinais (como diarreias ou timpanismo); rápida adaptação dos bovinos; menor taxa e refugo no cocho; aumento do consumo de ração desde os primeiros dias de confinamento; eficiência na digestão; e menor incidência de animais com laminites e acidose. “São benefícios que partem da produção e se estendem pela indústria frigorífica e chegam até os consumidores”, reforça o especialista da DSM.
Sobre a linha de confinamento da marca Tortuga®, vale contar que essas tecnologias exclusivas da DSM foram desenvolvidas a partir de novos conceitos em nutrição mineral e vitamínica e funcionam como uma associação equilibrada de macro e microminerais, incluindo o cromo orgânico, vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis (biotina) e aditivos naturais, como leveduras vivas (CRINA® e RumiStar™), aliados aos Minerais Tortuga. No caso do aditivo CRINA®, trata-se de um ingrediente indicado para substituir o uso de antibióticos e ionóforos na ração, com vantagens na produtividade, sem prazo de carência e sem deixar resíduo na carne, além de não possuir restrições no comércio mundial de carne bovina. O uso do RumiStar™ (enzima alfa amilase pura), por sua vez, proporciona uma melhor ambiência ruminal e reduz a excreção de amido nas fezes, proporcionando melhor eficiência alimentar e redução do custo de produção da arroba produzida no confinamento.
Sustentabilidade
A sustentabilidade nos seus âmbitos ambiental, social e econômico também é um dos diferenciais do sistema de terminação de bovinos em confinamento. Nesse ambiente, Baruselli chama a atenção para o efeito “poupa-terra”, dado que o sistema torna possível a terminação do bovino em apenas 90 dias, com um desempenho que ele levaria, em média, um ano no pasto. “No confinamento, o produtor consegue liberar terra para agricultura, pastagem ou para a preservação”, ressalta o especialista.
No histórico do Tour DSM de Confinamento, é importante citar que todas as 40 instalações das etapas se enquadram no conceito de sustentabilidade (ambiental, econômica e social) e adotam práticas zootécnicas que respeitam o bem-estar animal, o trabalhador rural e os consumidores de carne e derivados. “Os confinamentos do Tour são representativos da pecuária brasileira, que produz carne vermelha de alta qualidade, livre de antibióticos e de forma sustentável, capaz de atender aos mais exigentes mercados consumidores no Brasil e no exterior”, reforça Baruselli.