O número de produtos com direito ao bônus do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF) caiu para 12 neste mês. O motivo foi o maior valor de mercado conseguido pelos produtores com a própria comercialização, o que limita a ajuda de custo recebida pelo programa. A lista foi publicada dia 7 de fevereiro, com os percentuais de descontos calculados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Os maiores descontos foram para cinco produtos, como a cebola do Rio Grande do Sul (45,21%), o feijão caupi do Tocantins (45,19%), a manga de São Paulo (39,67%) e o mel e a pimenta do reino da Bahia (37,21% e 35,76%, respectivamente).
No caso da pimenta do reino, houve aumento de oferta nos já elevados estoques do produto nas praças baianas, o que resultou na queda de preços para os produtores. Embora com percentuais bem menores, a juta/malva do Amazonas (8,75%) e a laranja da Bahia (0,82%) também justificaram o recebimento do bônus. Isso se deveu ao reflexo do início da safra das fibras na região ribeirinha e à pressão de baixa de preços do mercado internacional nos laranjais baianos.
Outro item que recebeu percentuais de desconto foi a raiz de mandioca, principalmente no Ceará (30,35%) e Espírito Santo (25,04%). Esta cultura segue com o benefício ainda nos estados da Paraíba (24,82%), Piauí (15,75%), Alagoas (12,97%), Pará (7,22%) e Rio Grande do Norte (6,04%).
Entre os produtos que não obtiveram a ajuda do PGPAF para este mês, estão relacionados o trigo e a borracha natural, que apresentaram preços melhores em alguns estados. O bônus do PGPAF é concedido quando o valor de mercado de algum dos produtos do programa fica abaixo do preço de referência e deve ser utilizado como desconto para pagamento ou amortização nas parcelas de financiamento no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).