Durante o transporte de produtos como grãos e vacinas para animais, inúmeros fatores dificultam o processo causando perdas, tanto em agilidade como no produto final, aumentando custos, principalmente na etapa de armazenamento.
Sabendo dessa demanda, o Grupo IBL, empresa que atua no Brasil há mais de 20 anos, vem desenvolvendo operações logísticas para atender as necessidades do setor e, atualmente, expandiu seus serviços a nível internacional.
Além da colheita, a rentabilidade da safra está relacionada à logística de transporte, pois sem o serviço adequado boa parte da produção pode ser perdida no trajeto. Por meio de operações “door- to-door” (“porta a porta”, em português), o atendimento pode ser realizado de forma completa desde a coleta da mercadoria até a liberação.
“Para ter condição de oferecer essa operação “door-to-door”, é necessário ter estruturas próprias e para todos os segmentos”, explica Fernando Balbino, Diretor da área Internacional da IBL World.
A empresa que já atua em setores de fármaco, eletrônico, agronegócio e minério disponibiliza serviços de armazenagem, distribuição e transporte através dos modais rodoviários, aéreos e para o empreendimento internacional agregará também o marinho.
Possuindo cinco bases operacionais no Brasil, localizadas nos estados de São Paulo (matriz), Amazonas, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, a empresa ampliou suas operações para o exterior, adquirindo capacidade para atender mais de 190 países, desde maio. A sede está em Miami, ponto estratégico tanto em localização como em parceria.
O galpão tem aproximadamente 4 mil metros quadrado e está localizado na Cidade de Doral, perto do Aeroporto e do porto de Miami que são as principais entradas para conexão com o Brasil. Além disso, o grupo considera relevante o fato de atualmente o Brasil ser a 12ª economia do Mundo e os EUA ser seu 2º maior parceiro comercial, desta forma, entrar na América do Norte foi visto como algo muito favorável.
Por meio da ajuda de órgãos governamentais devido à alta demanda de armazenamento, a utilização de trabalho entre outras coisas, é esperado que a indústria de logística nos EUA atinja 1,5 bilhão de dólares em receita até 2026.
“Conforme aparecessem as oportunidades vamos seguindo. As primeiras oportunidades que estão surgindo, que inclusive já estamos operando bastante, são contêiners da China para Manaus, também Miami para Brasil e o rodoviário de Argentina e Chile, além de operações locais no México. Mas também já estamos fazendo cotações para transportes na Europa”, destaca Jonatas Spina Borlenghi, CEO do Grupo IBL.
Se tratando do agronegócio, a empresa já atende, principalmente, o ramo de defensivos agrícolas e vacinas animal. Segundo o diretor da área Internacional da IBL World, dois dos principais problemas do agro estão na exportação, devido a perda do grão no transporte e a questão de armazenagem causada pela escassez de silos. Outro ponto de dificuldade são os serviços que só realizarem o transporte e não fazem o despacho da mercadoria causando atrasos.
Dentre as estratégias adotadas pela empresa, a operação “In house” que reduz ao máximo a terceirização também apresenta vantagens. Neste mês de junho, com a implantação do sistema internacional, o processo que vai desde a remoção das cargas do produtor e segue para o porto e do porto é levado para a fábrica representa praticidade. No Chile, suas operações começaram com lácteos na ida e voltaram com frutas e pescados.
“Vamos imaginar: Uma transportadora pega uma mercadoria na fazenda, então vem por silo ou pelo porto, depois entrega para uma outra empresa para fazer a integração aduaneira. No nosso caso, a gente vende o conjunto, então quando estamos coletando na fazenda, ao mesmo tempo já fazemos o despacho. Assim, a mercadoria já chega liberada, então esse prazo que temos para armazenar e que teria que ficar esperando o navio, já estamos ganhando no transporte”, completa.
Além de reduzir custos pela diminuição da perda de material e pela armazenagem para os setores do agronegócio, a empresa também enxerga a demanda crescente no transporte de minério de lítio. Segundo o executivo, vem sendo percebido que desde outubro do ano passado a procura pelo minério vem crescendo, então o grupo decidiu montar uma operação específica para atender o segmento que exige frota totalmente certificada e obtenção de licenças.
De acordo com o projeto, o primeiro embarque começará em setembro. O minério será transportado a granel e ensacado, seus principais compradores são a China e a Europa. “Temos duas opções: Na primeira estamos utilizando o rodoviário da mina e transportando em container, quando o volume aumentar, a partir de 30 mil toneladas, vamos para o Breakbulk (carga projeto)”, afirma o executivo.
Seja para prestar serviços a nível nacional ou internacional, a empresa precisa atender algumas exigências. Por isso, já possui certificados emitidos por ISO, IBAMA, CETESB, ANVISA, SASSMAQ e IBD.
Se tratando do transporte de vacinas animal, por exemplo, a IBL possui licença do MAPA, além de estruturas para armazenar e transportar o material na temperatura adequada. Já para o segmento internacional, a IBL adquiriu certificações e habilitações da IATA, OEA, DTA e RADAR.
“No minério, por exemplo, quando é enviado para a China todos os paletes precisam ter sido fumigados e seja para importação ou exportação, deve ser usado o carimbo da NIMF Nº 15. Para transportar o minério é feita a certificação que está dentro do escopo do IBAMA”, acrescenta Fernando.
O procedimento mencionado se trata de uma certificação fitossanitária que regulamenta o trânsito de embalagens e suportes de madeira.
Foto: Roanna Kerbe e Divulgação