A exportação de sêmen bovino do Brasil alcançou o maior volume da história, no período acumulado de janeiro a setembro, aponta levantamento da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) realizado em conjunto com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ligado à Universidade de São Paulo (USP).
Em nove meses, foram embarcadas 361.056 doses de sêmen com aptidão de corte para 11 países e 345.828 doses com aptidão para leite para 14 países, totalizando 706.884 doses. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 11,8% em sêmen para corte e de 4,4% em sêmen para leite.
“Este excelente resultado mostra que a qualidade da genética brasileira é cada vez mais reconhecida internacionalmente. Como ocorre no Brasil, cresce globalmente a adoção de tecnologias para a evolução da pecuária. Afinal, estamos falando em maior lucratividade para as propriedades e produção de mais carne e leite de qualidade para atender à crescente demanda”, informa Cristiano Botelho, executivo da Asbia.
Cristiano entende que há um grande e recorrente investimento sendo feito pelos pecuaristas para atingir números que crescem gradualmente, principalmente em genética, saúde e nutrição animal. “De 2020 para 2021, o crescimento foi de 70%, algo fantástico. Olhando para o aumento nas exportações nos últimos dois anos, temos um crescimento acumulado de 81%. Isso mostra que a produção de qualidade dos pecuaristas brasileiros ganha cada vez mais clientes”, finaliza o executivo.
No total, as vendas de sêmen (corte e leite) atingiram 19.669.138 doses entre janeiro e setembro de 2022, informa a Asbia. Esse resultado representa recuo de 5,8% em relação aos nove primeiros meses do ano passado (20.886.986 doses). Foram atingidos 4.330 municípios no período – equivalente a 77,7% dos municípios brasileiros.
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