A encefalomielite é uma das doenças mais graves que pode acometer os equinos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês), a doença está na lista de enfermidades de importância socioeconômica e, com um agravante: pode ser transmitida para os seres humanos. “Também por este fato, está listada pela Instrução Normativa 50/2013 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como doença de notificação obrigatória e imediata de qualquer caso suspeito”, informa o médico veterinário Fernando Santos, gerente da Syntec do Brasil.
“Por se tratar de uma zoonose, podendo acometer as pessoas, a encefalomielite equina tem notificação obrigatória em todo o país. Sendo assim, sempre que um equino apresenta resultado positivo para a doença, o criador deve, imediatamente, comunicar à autoridade sanitária de sua cidade”, complementa.
Segundo os Conselhos Federais de Medicina Veterinária (CFMV) e de Medicina (CFM), o vírus causador da Encefalomielite Equina do Leste (EEE) é o mais recorrente no Brasil e de maior letalidade, vitimando entre 75% e 90% dos equinos acometidos e cerca de 30% e 65% dos seres humanos.
Santos esclarece que “os animais infectados apresentam problemas neurológicos que evoluem de maneira rápida, podendo prejudicar até os equinos mais fortes e resistentes que não estejam imunizados”. Ele explica que não existe tratamento específico para a doença, mas apenas suporte para que o animal sofra menos. “Alguns cavalos conseguem se recuperar. No entanto, são raros os casos em que não há sequelas. A prevenção, por meio de vacinação, é a melhor maneira de evitar que o plantel sofra com a enfermidade.”
Tropa imunizada, tropa protegida
“A vacinação deve ser feita em potros, a partir dos três meses, sendo essa primeira aplicação em três doses – as quais devem ser feitas no intervalo de 2 a 4 semanas. Em animais adultos (primo vacinação), devem ser administradas duas doses com intervalo entre 2 a 4 semanas. Em ambos os casos, a revacinação deve ser feita anualmente”, finaliza.
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