Os três ginetes estrangeiros que participam de forma especial do Freio do Proprietário 2022, já entraram em pista e experimentaram a mesma emoção que os competidores das categorias Amador, Master e Feminino. Enrico Pavese, da Itália, Aurore Descombes, da França, e Carlota Quevedo, do Paraguai, cumpriram o percurso de andaduras, figuras, volta sobre patas e esbarradas e têm pela frente, as disputas de Mangueira e Campo.
Enrico Pavese conta que ele e Aurore estão no Brasil há um mês. Eles vieram acompanhar a Final do Freio de Ouro e as celebrações dos 90 anos da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) por meio do programa Em Busca do Cavalo Crioulo. “É uma experiência muito linda e estou muito emocionado de estar aqui e participar do Freio do Proprietário”, declarou o italiano. Ele disse que ao chegar na pista, seu coração enlouqueceu. “Isto te faz entender quanta emoção e quanta atenção tem os ginetes antes da prova”, complementou.
Ambos foram vencedores do primeiro Freno de Europa, realizado na Itália, em 2019. Nesta visita ao Brasil, foram recebidos no Centro de Treinamentos de Guto Freire. “Me trataram como um rei. Tudo que eu precisava, recebia. Fui tratado como se fosse da família”, destacou Pavese. Da mesma forma, o ginete afirma ter sido tratado na Cabanha Capanegra, onde disse que pode observar os animais e montá-los. Depois disso, ele conta que, juntamente com Aurore, passaram uma semana treinando no CT de outro grande nome do cavalo crioulo: Fernando Andrighetti.
Enrico Pavese também agradeceu a recepção de Fernando Gonzales, da subcomissão do Freio do Proprietário. “Vou levar para a Itália tudo que recebi por onde passei”, afirmou o ginete. Integrante da Associazione Nazionale Allevatori Cavallo Criollo (ANACC), Pavese disse que aqui, no Rio Grande do Sul, aprendeu como evoluir enquanto associação e em seus treinamentos.
Fagner Almeida diz que a integração proporcionada pelo pelo programa Em Busca do Cavalo Crioulo tem aberto mais oportunidades para o cavalo no mundo inteiro. “Uma coisa puxa a outra. Já tem mais gente perguntando como pode vir para competir no ano que vem”, disse ele. O fotógrafo não quis confirmar ações futuras que possam unir ginetes em outros países e criadores e competidores brasileiros. “Cada vez que se faz uma coisa nova, surgem outras”, garantiu.
Foto: Fagner Almeida/Divulgação