O cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro deve produzir 316,95 milhões de caixas de 40,8 kg de laranja na safra 2022/23. A produção é 20,53% superior a safra passada, que se encerrou em 262,97 milhões de caixas. Isso representa uma retomada da produção, castigada em 2020 e 2021 por adversidades climáticas, como seca e geada. Os dados são do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) com cooperação da Markestrat, FEA-RP/USP e FCAV/Unesp.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Francisco Matturro, a notícia traz certo alívio para os citricultores. “As últimas duas safras foram muito prejudicadas por conta das questões climáticas. A produção atual ainda não é a ideal, mas representa uma retomada do setor produtivo, fundamental para a geração de emprego e renda em São Paulo. Essa safra melhor que as anteriores possivelmente não implicará em queda no preço para os produtores, já que a demanda é maior do que a produção prevista. Além disso, os estoques mundiais de suco de laranja estão em baixa”, afirma.
Segundo o sumário executivo divulgado pelo Fundecitrus, as duas safras em queda consecutivas provocaram uma descontinuidade do ciclo bienal de produção, caracterizado pela alternância anual entre safras altas e baixas. “Se a nova expectativa de produção se confirmar será observada a passagem da bienalidade negativa para positiva”, aponta o documento.
A expectativa é que sejam produzidas:
- 59,48 milhões de caixas das variedades Hamlin, Westin e Rubi;
- 17,52 milhões de caixas das variedades Valência Americana, Seleta, Pineapple e BRS Alvorada;
- 93,95 milhões de caixas da variedade Pera Rio;
- 106,78 milhões de caixas das variedades Valência e Valência Folha Murcha;
- 39,22 milhões de caixas da variedade Natal.
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