Um projeto conduzido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) busca avaliar condições de irrigação ideais e economicamente viáveis, que possam ser adotadas por bananicultores no Perímetro Irrigado do Jaíba. O trabalho, coordenado pelo pesquisador, João Batista Ribeiro S. Reis, com subcoordenação do extensionista da Emater-MG de Mocambinho, Igor Paranhos Caldas, tem como principal objetivo estabelecer indicativos para a lâmina e tempo ótimos de irrigação.
As avaliações consideram o ciclo fenológico da cultura da bananeira e a implantação de um equipamento (sensor) de baixo custo para realização do manejo e detecção da necessidade de irrigação. “A cápsula porosa é instalada no solo na profundidade do sistema radicular e entra em equilíbrio hídrico com o solo, em poucas horas. No momento da medição do estado da água, se o solo estiver úmido, a passagem de ar pela cápsula porosa é bloqueada. Isto é, a água não entra na cuba porque o ar não sai do sistema, o que significa que o solo permanece suficientemente úmido. Por outro lado, quando o solo seca e a umidade diminui abaixo de um valor crítico, a cápsula porosa torna-se permeável à passagem do ar e o menisco ar-água se movimenta para igualar com o nível da água no frasco. Quando isto ocorre o solo deve ser irrigado,” explica João Batista.
Para a condução do projeto, foram selecionados 24 produtores rurais de banana que atuam no Distrito de Irrigação da cidade de Jaíba. “Consideramos exclusivamente a cultura da bananeira, que é predominante na região, e especificamente em Mocambinho, onde estão estabelecidos esses agricultores. Mas a ideia é adaptar os resultados para outras culturas, principalmente as frutícolas que também são cultivadas na região”, afirma o pesquisador.
As metodologias de aplicação do sensor de irrigação e como será o monitoramento ao longo das atividades do projeto foram repassadas em uma capacitação realizada no dia 20 de abril, que contou com palestra técnica do pesquisador João Batista, da EPAMIG, e dinâmica de campo, orientada pelo extensionista Igor Paranhos.
“As próximas ações estão relacionadas às instalações dos sensores nas áreas selecionadas (que já começaram) e ao início do acompanhamento do monitoramento meteorológico que servirá de resultado comparativo ao monitoramento do sensor”, informa João Batista, que acrescenta: “Dentre outros resultados esperados, temos como metas uma capacitação ampla dos produtores rurais de banana no Perímetro irrigado de Jaíba e a alta eficiência na aplicação de água, que possibilite economia de água e de fertilizantes e também a redução dos custos de energia nas propriedades e uma diminuição dos impactos ambientais”.
Foto: Divulgação EPAMIG