A Kepler Weber anunciou que vai investir R$ 65,3 milhões na sua planta industrial do Estado do Rio Grande do Sul (RS) até 2025. O valor é referente ao saldo credor de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), acumulado nos últimos anos, em decorrência da apropriação do imposto nas aquisições de mercadorias e serviços.
Por ser uma empresa que atua no agronegócio, a companhia tem direito a uma alíquota menor sobre o produto final, e toda vez que compra insumos fora do Rio Grande Sul paga diferentes alíquotas de impostos e gera este crédito residual.
“Como temos fornecedores que têm ICMS a pagar, o Estado nos autoriza a transferir este crédito acumulado como novos investimentos”, explica Paulo Polezi, CFO da Kepler Weber.
Para que o crédito seja utilizado, a empresa assinou um protocolo de intenções com o Governo do Estado do RS. No documento, a companhia se compromete, nos próximos quatro anos, a investir na ampliação de sua capacidade produtiva, gerar 120 novos empregos formais, com treinamento da mão-de-obra, e priorizar a contratação de fornecedores e terceirizados dentro do Estado. Há, ainda, o compromisso em fazer investimentos tecnológicos na produção, com o objetivo de minimizar impactos ao meio ambiente, em apoiar ações sociais, dentre outros compromissos.
Líder na América Latina em soluções de pós-colheita, para beneficiamento e armazenagem de grãos e movimentação de granéis em portos, a Kepler Weber também tem unidade industrial em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
“A companhia se estruturou nos últimos anos e tem conseguido absorver o bom momento do agronegócio brasileiro, com investimentos em tecnologia e novos produtos”, comenta Polezi.
No ano passado, até setembro, a empresa investiu R$ 25,7 milhões nas duas plantas industriais. O maior volume, R$ 18,7 milhões, foi aplicado em modernização e expansão da capacidade produtiva.
“O investimento feito a partir dos créditos de ICMS é apenas parte do volume que a companhia deve investir, já que temos projetos aprovados pelo Conselho Administrativo para aportes em diferentes áreas ao longo deste ano, como fizemos em 2021”, afirma Piero Abbondi, CEO da Kepler Weber.
Foto: Divulgação / Kepler Weber